BH fechou 2024 no azul com arrecadação recorde

Rodrigo Clemente/PBH

A Prefeitura de Belo Horizonte encerrou 2024 com um balanço fiscal positivo, garantindo o pagamento em dia de servidores e fornecedores, além de ampliar investimentos em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura.

Com uma receita total de R$ 19,7 bilhões (12% acima de 2023), a capital mineira superou expectativas e consolidou um modelo de gestão que combina responsabilidade fiscal e atenção a demandas sociais.

Os dados, divulgados nesta semana, revelam avanços significativos no cumprimento de metas constitucionais e no controle da dívida pública.

Arrecadação recorde

A arrecadação municipal atingiu 100,46% do previsto, com destaque para:

  • Tributos, impostos e taxas: R$ 7,3 bilhões;
  • Transferências correntes (recursos federais e estaduais): R$ 9 bilhões;
  • Operações de crédito: R$ 591 milhões (alta de 29% frente a 2023).

O crescimento reflete tanto a recuperação econômica pós-pandemia quanto a eficiência na cobrança de tributos locais, como IPTU e ISS.

Gastos da Prefeitura de BH

Do total de R$ 19,4 bilhões em gastos (98% do planejado), as áreas sociais receberam prioridade:

  • Saúde: R$ 6,4 bilhões (32,44% do orçamento), superando o mínimo constitucional de 15%. Os recursos foram aplicados em unidades básicas, equipamentos e campanhas de prevenção;
  • Educação: R$ 3,4 bilhões (17,35%), com foco em reformas de escolas, merenda de qualidade e inclusão digital;
  • Infraestrutura: R$ 2 bilhões para urbanização de vilas, saneamento em áreas vulneráveis e manutenção de vias.

A Previdência Social recebeu R$ 2 bilhões, garantindo pagamentos em dia a aposentados, enquanto gastos com pessoal consumiram 41,49% da receita corrente líquida.

Como está a dívida de BH?

Um dos destaques do relatório é o baixo endividamento de BH: a dívida consolidada líquida ficou em R$ 1,7 bilhão, representando apenas 10,14% da Receita Corrente Líquida (RCL) — bem abaixo do limite legal de 120%. O resultado consolida BH como uma das capitais com a situação fiscal mais saudável do país, atraindo investidores e garantindo margem para futuros empréstimos.