A volta por cima veio rápido e com força. Apenas um mês após sua surpreendente demissão da GloboNews, a jornalista Daniela Lima foi anunciada nesta segunda-feira (8) como a nova estrela do UOL. Em um movimento que agitou o mercado de mídia, a âncora assume um pacote multiplataforma no portal, com coluna diária, programa semanal e participações no UOL News.
A contratação, celebrada como um “golpe de mestre” pelo UOL, recoloca uma das vozes mais influentes do jornalismo político no centro do debate nacional e alimenta, nos bastidores, a polêmica sobre seu novo salário.
A Saída da GloboNews e a Chegada ao UOL
A demissão de Daniela da GloboNews, em 4 de agosto, após dois anos no comando do “Conexão”, pegou o público de surpresa. A emissora alegou um “movimento de renovação”, enquanto a jornalista falou em “ciclo cumprido”. Apenas 35 dias depois, seu novo destino foi selado.
No UOL, ela chega com status de protagonista. A proposta de ter uma coluna diária e um programa próprio, além de participações recorrentes no principal noticiário em vídeo do portal, dá a ela uma liberdade e uma diversidade de formatos que a TV por assinatura, com sua grade rígida, dificilmente permitiria.
Salário deve ser menor, mas com menos trabalho
A grande polêmica nos bastidores gira em torno do salário. Rumores apontam que seu novo contrato seria de cerca de R$ 25 mil mensais, valor que seria “metade” do que ela supostamente ganhava na GloboNews.
Apesar de nunca ter sido confirmado, seu salário na Globo girava em torno dos R$ 50 mil. Porém, ela tinha um programa diário no canal, enquanto no portal de notícias terá um semanal.
A remuneração em plataformas digitais como o UOL funciona de forma diferente. O modelo costuma ter um salário fixo menor, mas com ganhos variáveis muito maiores, atrelados à performance, patrocínios de produtos e participação em eventos — uma matemática que, no fim do ano, pode superar um salário fixo mais alto da TV a cabo.
A Força do Digital e da Marca Pessoal
A contratação de Daniela Lima pelo UOL é um marco na guerra entre a mídia digital e a TV por assinatura. Mostra que os grandes portais online agora têm o poder de fogo e o apelo para atrair talentos de primeiríssima linha que antes eram exclusivos da televisão.
Para a jornalista, é uma jogada estratégica que aposta na força de sua marca pessoal, trocando o alcance limitado de um canal pago pela escala potencialmente infinita da internet. Para o UOL, é a aquisição de uma âncora de peso que qualifica sua cobertura de Brasília e atrai uma audiência fiel. É uma troca que sinaliza, mais uma vez, para onde o futuro do jornalismo está apontando.























