Pedro Rousseff pode ser solução para crise do PT em BH

O PT se vê em meio a uma crise após os baixos percentuais de votação nas últimas três eleições na capital mineira. De acordo com o deputado estadual, Cristiano Silveira, presidente estadual do PT em Minas Gerais, o partido precisa voltar a “entender melhor o pensamento, os desejos e os anseios do povo” para conseguir vencer em Belo Horizonte. 

Ainda de acordo com o deputado, nas últimas três eleições o resultado foi bem abaixo do esperado, com números pífios em relação ao que o PT poderia ter tido, principalmente na candidatura do Rogério, que contava com o apoio direto do presidente Lula e ampla verba para a campanha. “Faltou ousadia ao partido. Não tivemos bons resultados nas últimas três eleições e essa (de 2024) foi a pior pela conjuntura”.

Cristiano ainda avaliou que Rogério contou com uma certa rejeição. “O Rogério é um cara combativo, dialoga bem para a base partidária, mas traz a rejeição do mundo que não gosta desse tipo de perfil. Para um cargo parlamentar, vai muito bem, obrigado. Para um cargo majoritário, ficou muito estreito”.

O presidente do partido avalia que “Para o futuro o PT vai ter que ter ousadia, vai ter que buscar alguém que seja mais amplo do que o próprio partido para representá-lo”, e que este perfil deve ser de alguém que tem uma vivência social sólida além de vida política, “não necessariamente partidária”.

Pedro Rousseff

Pedro Rousseff pode ser o nome do partido em Belo Horizonte, o sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foi o sexto candidato mais votado à Câmara Municipal e o primeiro entre os petistas. Pedro tem como meta se tornar a liderança jovem do partido na capital mineira. 

Em uma entrevista concedida ao Estado de Minas, o vereador que foi eleito com 17.595 projetou como será sua atuação na Câmara. Pedro também disse acreditar que o melhor caminho para o partido atualmente seja a moderação no discurso identitário, além da renovação dos seus quadros para conseguir ser competitivo nas eleições majoritárias. 

Ao ser questionado sobre o que pretende fazer no primeiro mandato, o jovem de apenas 24 anos e com quase 18 mil votos não pensou duas vezes e respondeu que pretende:

“Renovar a política à esquerda. As pessoas estão cansadas de só receber pauladas dos bolsonaristas e não ter ninguém para defendê-las. As pessoas estão cansadas de ver a extrema direita sendo racista, homofóbica, perseguindo opositores, disseminando fake news, quase destruindo o Brasil, e não ter ninguém para defender o campo democrático. A nossa eleição é um voto de revolta contra tudo que esses bolsonaristas tentaram construir ao longo dos últimos anos, e que agora, em Belo Horizonte, a gente tem um jovem de 24 anos com muita voz e muita energia para poder fazer o embate. Esse é o mote principal da nossa campanha e, portanto, do nosso mandato.”