Ex-senador Castellar Neto entra para governo Zema com Aro

Senado Federal

O ex-senador Castellar Neto (PP) foi oficialmente nomeado colaborador da Secretaria de Governo de Minas Gerais, sob o comando de Marcelo Aro (PP), em movimento estratégico do governo Romeu Zema (Novo) para fortalecer a articulação política no estado.

A designação, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (27/2), valerá até dezembro de 2026 e coloca Castellar em um papel central nas relações do Executivo com o Legislativo mineiro, além de intermediações com outras esferas de poder.

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O Papel de Castellar Neto na Gestão Zema

Como agente colaborador, o ex-senador terá as seguintes atribuições:

  • Articulação política: Mediação entre o governo estadual, prefeituras, Assembleia Legislativa (ALMG) e o Congresso Nacional;
  • Assessoria técnica: Suporte em projetos prioritários, como a PEC das Privatizações (que dispensa consulta popular para vender Cemig e Copasa);
  • Relações institucionais: Construção de pontes com partidos aliados e oposição para viabilizar a agenda econômica do governo.

A experiência de Castellar em cargos públicos e sua rede de contatos são vistas como trunfos para Zema, que busca aprovar reformas polêmicas em um ano marcado por tensões eleitorais.

Castellar Neto assumiu brevemente uma cadeira no Senado Federal em 2024, após o licenciamento de Carlos Viana (Podemos) para disputar a prefeitura de BH. Permaneceu no cargo até novembro, quando Viana retornou após perder a eleição para Fuad Noman (PSD).

Antes disso, o ex-senador foi secretário de Governo de Belo Horizonte na gestão Fuad Noman, cargo do qual se afastou em março de 2024 para articular sua própria campanha. Sua saída coincidiu com a decisão de não concorrer a um mandato próprio, optando por retomar a advocacia criminal — área em que é especialista, com mestrado pela Universidade Sorbonne (França).

Castellar Neto

A chegada de Castellar Neto reforça a estratégia de Zema de aliar tecnocracia e articulação política em um ano decisivo. Com a aproximação das eleições de 2026, o governo busca:

  • Acelerar a agenda de privatizações, vista como vital para equilibrar as contas públicas;
  • Conter desgastes com a base aliada, especialmente após atritos recentes com o PP;
  • Projetar Minas Gerais como modelo de gestão liberal para o país.