Um estudo feito pela universidade britânica Imperial College aponta que cerca de 329 mil vidas poderiam ter sido salvas caso o Brasil seguisse a fórmula adotada por Belo Horizonte no combate à Covid-19. De acordo com o estudo, que foi avaliado pelo infectologista Carlos Starling, membro do comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de BH, isso significa que seriam poupados 55% dos óbitos pela doença caso as medidas impostas por Alexandre Kalil (PSD) na capital mineira se aplicassem em todo o território nacional.
“Aproximadamente um terço das mortes atribuíveis ao Covid-19 no Brasil em hospitais poderiam ter sido evitadas se a pressão da saúde não tivesse taxas de mortalidade tão exacerbadas. Aproximadamente metade das mortes atribuíveis à Covid-19 no Brasil poderiam ter sido evitadas se tivessem taxas semelhantes às observadas em Belo Horizonte”, aponta o estudo.
O estudo foi intitulado: “Fatores que conduzem a grandes flutuações espaciais e temporais nas taxas de letalidade do COVID-19 em hospitais brasileiros”, e é assinado por pesquisadores de instituições brasileiras, inglesas, espanholas, norte-americanas, dinamarquesas e belgas.
“Em Belo Horizonte, nenhum grupo de idade experimentou choques de Covid-19 com taxas de mortalidade hospitalar acima de 50% que duraram pelo menos quatro semanas consecutivas, enquanto em Porto Velho todos os pacientes com 50 anos ou mais sofreram tais choques fatais”, aponta o trabalho.
Para Carlos Starling, um dos motivos para essa taxa é a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) da capital mineira. “BH conta com uma das melhores estruturas para o SUS. Precisa de muito investimento, ainda, para melhorar, mas o SUS de BH comparado com o restante é muito consistente, muito sólido e isso foi fundamental”, aponta o infectologista.
Kalil x Zema, uma disputa difícil
No início de 2020, defendemos no artigo ‘Alexandre Kalil se mostra um nome viável para substituir Jair Bolsonaro’ que o prefeito seria um bom substituto para o atual presidente.
Um ano depois, escrevemos que ‘Com Zema sendo cada vez mais uma planta, só Kalil pode salvar Minas Gerais’.
Para os dois candidatos mais fortes ao governo do estado, a situação acaba favorecendo Kalil já que Zema foi um dos governadores que mais se curvou ao Governo Federal, em troca de muito pouco.
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