Juliano Lopes promete “harmonia e respeito” na presidência da CMBH

Abraão Bruck - CMBH

O novo presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Professor Juliano Lopes, contou em entrevista nesta segunda-feira, sobre seus planos e expectativas para a sua gestão, que vai até o final de 2026.

“Eu espero poder, daqui dois anos, passar para o próximo presidente uma Câmara mais tranquila, mais pacífica, que respeite os funcionários desta Casa, assim como cada vereador”, explicou o presidente.

Juliano Lopes criticou seu antecessor, Gabriel Azevedo, que em algumas sessões contou o quórum (quantidade mínima de vereadores na sessão) em poucos segundos, para evitar eventuais derrotas:

“Não pretendo agir de forma turbulenta, como o ex-presidente agia, desrespeitando os parlamentares com tempo de verificação de quórum de três, quatro segundos… Isso não passa pela minha cabeça de jeito nenhum. Ao respeitar os demais vereadores, estarei respeitando a população de Belo Horizonte”.

O novo presidente aproveitou para acenar aos funcionários da casa, prometendo valorização: “Também temos de respeitar os funcionários desta Casa, que merecem demais e, na última gestão, foram muito maltratados pelo antigo presidente.”

Pautas ideológicas

Segundo o professor, sua gestão será marcada pelo respeito aos vereadores e suas diferentes ideologias.

Não caberá a Juliano Lopes avaliar o que entra ou sai da pauta, respeitando os projetos dos colegas. Juliano diz que prestigiará todos os partidos e que a decisão final sobre aprovação, ou não, caberá à maioria dos colegas:

“Todos os partidos com representação na Casa foram eleitos pelo voto democrático. Cabe a mim, como presidente, respeitar as pautas e ideologias de cada uma das legendas, colocando em votação seus projetos. Ao Plenário cabe decidir pelo voto se vai ser ‘sim’ ou ‘não’.”

Cadeira igual a de todos

Juliano alfinetou Gabriel Azevedo mais uma vez quando disse que devolverá a cadeira que pertenceu a Afonso Pena e passará a usar uma cadeira normal, como todos os colegas:

“Minha cadeira será idêntica à de todos os vereadores. Eu sou vereador e estou presidente, daqui a dois anos volto a ser vereador como todos os outros. Aquela cadeira parecia um trono, parecia que tinha um rei sentado nela”.