Professor Juliano Lopes assumiu a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte após um ano do esperado, quando Gabriel Azevedo deveria renunciar e entregá-lo o cargo, pelo que havia sido combinado.
Assim que assumiu, o professor fez questão de demonstrar que sua gestão será diferente em vários pontos que pontuou em entrevista, nesta segunda-feira, 6.
O presidente promete trazer um ar mais harmônico para a Casa, defendendo uma relação respeitosa com os colegas vereadores. Para mostrar que é igual aos demais, e não superior, está devolvendo a cadeira que pertenceu a Afonso Pena, usada por Azevedo em sua gestão. “Aquela cadeira parecia um trono, parecia que tinha um rei sentado nela”, alfinetou.
Mobilidade urbana
Morador da região do Barreiro, Juliano Lopes contou sua própria experiência com o trânsito da capital, que chamou de “caótico”:
“Esse é o principal problema da cidade. Temos um trânsito caótico. Eu moro no Barreiro e, para chegar aqui às 9h, tenho de sair de casa às 7h, 7h15. Na Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços também precisamos de vereadores que estejam interessados nesses temas”.
Metrô de BH
Ainda que uma nova fase do metrô esteja em construção, Juliano Lopes lembrou que sua conclusão está prevista somente para 2028 e que, portanto, a cidade não pode esperar tanto:
“Apesar de termos uma perspectiva de metrô, ele só vai chegar em 2028. Mas 2028 está muito longe. Precisamos nesses três anos buscar, juntamente com a Prefeitura, soluções. A Prefeitura tem a intenção de criar um corredor do Move na Avenida Amazonas, que deve ajudar nessa questão da mobilidade, mas não basta”.
E o subsídio?
O novo presidente disse que não concorda com a forma que o subsídio está sendo aplicado na capital, visto que o serviço continua ruim e agora, com um aumento na passagem:
“Eu sou contra a forma que ele vem sendo utilizado aqui em Belo Horizonte. A Prefeitura dá o subsídio, mas quem está lá na ponta, que é o usuário, sofre com atraso dos ônibus, veículos antigos e superlotados”.