Um dia após uma operação da Policial Federal junto da Controladoria Geral da União deflagrarem uma operação contra o então secretário de Educação de BH, Bruno Barral, dois caciques podem ter seus nomes associados ao escândalo.
ACM Neto e Antônio Rueda, presidente do União Brasil, devem passar por um pente fino, segundo uma fonte do Moon BH no MP, para descobrir se mantinham influência na pasta na capital mineira e se o suposto esquema era praticado por aqui.
O ex-secretário Bruno Barral é um dos principais aliados de ACM Neto. Ele assumiu a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte em abril de 2024. Anteriormente, ele liderou a pasta em Salvador entre 2017 e 2020.
Segundo a CGU, a organização desviou cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de obras superfaturadas e contratos fraudulentos.
Suspeitas em BH
Uma série de denúncias apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Pública de Belo Horizonte, a qual o Moon BH teve acesso, mostram questionamentos sobre contratos estabelecidos sob orientação da pasta de Educação com empresas sem licitação.
Em agosto do ano passado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) denunciou ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) o cancelamento de licitações para obras em escolas municipais. Após o cancelamento, as empreiteiras vencedoras foram substituídas por empresas “sugeridas” pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) ou pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Ligação com ACM Neto e Antônio Rueda na mira do MP
Segundo o jornal O Globo, os dois caciques do União Brasil são diretamente responsáveis pela indicação de Bruno Barral para a secretaria de Educação de BH.

Eles pediram a secretaria em troca de apoiarem a chapa do prefeito Fuad Noman (PSD) e indicar seu vice, Álvaro Damião.