Globo já prepara o substituto de César Tralli no JN, para depois de 10 anos

Foto: Divulgação - Globo

A dança das cadeiras na bancada do Jornal Nacional mal foi anunciada, e os bastidores da Globo já fervem com a pergunta do milhão: depois de César Tralli substituir William Bonner, quem vem aí? A resposta, para analistas de mídia e executivos da emissora, parece já ter nome e sobrenome: Nilson Klava.

O jovem jornalista, recém-promovido a correspondente em Nova York, é visto como o “herdeiro natural” da cadeira mais importante do telejornalismo brasileiro, em um plano de sucessão de longo prazo. A substituição é pensada a longo prazo, para pelo menos, depois de 10 anos. Bonner ficou no programa por quase 30.

A aposta em Klava, de 29 anos, não é aleatória. Ela segue à risca a tradicional cartilha da Globo para formar seus principais âncoras e é reforçada por uma fascinante conexão familiar com outra lenda da casa: a jornalista mineira Isabela Scalabrini.

O “Príncipe Herdeiro” em Nova York

A trajetória de Nilson Klava é meteórica. Após se destacar na cobertura política em Brasília e como apresentador na GloboNews, o passo mais recente em sua carreira foi a promoção para o posto de correspondente em Nova York. A mudança não é apenas um prêmio, mas a etapa final de sua preparação.

Em Nova York, ele ganha a “casca” de coberturas internacionais, da economia de Wall Street à política da ONU. Não por acaso, ele já está escalado para produzir reportagens para a nova fase do Globo Repórter, que será comandado por ninguém menos que William Bonner a partir de 2026. É o “selo de aprovação” do antecessor.

A Conexão com a “Realeza”: O Fator Scalabrini

Um detalhe biográfico ajuda a contextualizar a formação de Klava: ele é casado com a filha da icônica jornalista Isabela Scalabrini, uma das pioneiras do jornalismo esportivo na Globo e âncora do MGTV por duas décadas.

Reprodução – Instagram

Embora sua ascensão seja fruto de mérito próprio, a convivência familiar com uma “lenda” do telejornalismo o insere na “cultura Globo” desde cedo, um ativo intangível na compreensão dos processos e da linguagem da emissora.

Análise: A Paciência de um Plano de Sucessão

Não há um “herdeiro oficial” anunciado para além de Tralli. No entanto, a Globo não trabalha com o acaso. Ao investir na exposição internacional de Klava, testá-lo em produtos nobres e permitir que o público se familiarize com seu rosto, a emissora executa um plano clássico de sucessão.

Em um mercado que vive de credibilidade e familiaridade, a estratégia é construir o próximo âncora do Jornal Nacional aos poucos, sob os olhos do público. Se Klava entregar consistência em Nova York, o caminho para a bancada mais famosa do Brasil estará pavimentado.