O Palmeiras está disposto a abrir o cofre e entrar pesado na disputa por um dos jogadores mais cobiçados do continente: o colombiano Jhon Arias. Segundo apurações do portal Bolavip Brasil, a diretoria alviverde sinalizou ao mercado que estuda uma proposta na casa dos R$ 103 milhões (cerca de € 17 milhões) para tirar o atacante do Wolverhampton (Inglaterra) já em 2026.
No entanto, a operação de “Nível A” esbarra em dois obstáculos gigantescos, ambos ligados ao Fluminense. O Tricolor carioca tem uma “carta na manga” contratual e, para piorar a situação do Verdão, conta com a preferência do próprio jogador em caso de retorno ao Brasil.
O Obstáculo 1: A “Muralha” Financeira do Wolves
O primeiro desafio do Palmeiras não é o Fluminense, mas sim o clube inglês. A oferta sinalizada de € 17 milhões (R$ 103 mi) pode ser considerada baixa pelo Wolverhampton.
Isso porque o Wolves pagou caro por Arias em julho de 2025, desembolsando € 22 milhões (R$ 137 milhões) ao Tricolor. É altamente improvável que o clube da Premier League aceite vender seu ativo por € 5 milhões a menos do que pagou, apenas seis meses depois. A “insatisfação” de Arias com a reserva na Inglaterra abre uma brecha, mas o Wolves não fará “liquidação” e deve exigir, no mínimo, a recuperação do investimento original.
O Obstáculo 2: A “Cláusula Secreta” do Fluminense
Mesmo que Leila Pereira decida cobrir a pedida de € 22 milhões, o Palmeiras cairia na “armadilha” contratual do rival. Ao vender Arias, o Fluminense (que ainda manteve 10% de “mais-valia”) incluiu uma cláusula de preferência em caso de retorno ao Brasil.
Na prática, funciona assim: se o Palmeiras formalizar a oferta de R$ 103 milhões ao Wolves, o clube inglês é obrigado a notificar o Fluminense. O Tricolor, então, tem o direito de igualar a proposta e “roubar” o jogador do rival paulista.
O Obstáculo 3: O “Coração” do Jogador
Para complicar ainda mais o cenário alviverde, o próprio Jhon Arias já manifestou em entrevistas que, se um dia voltar ao futebol brasileiro, sua prioridade absoluta é o Fluminense, clube onde viveu o auge de sua carreira.
Ou seja, o Palmeiras se vê em um “triplo obstáculo”:
- Precisa fazer uma proposta muito maior (€ 22 milhões) do que a especulada (€ 17 milhões) para agradar ao Wolves.
- Precisa torcer para o Fluminense não ter dinheiro ou interesse em igualar a oferta (o que é improvável, já que o Flu receberia 10% da própria venda).
- Precisa convencer o jogador a “trair” sua palavra e seu clube de coração.
Análise: Um Sonho Distante para o Palmeiras?
A diretoria do Palmeiras mostra ambição ao mirar um jogador do calibre de Arias para reforçar o time de Abel Ferreira. No entanto, a complexidade da negociação torna o negócio muito difícil. O clube paulista tem o caixa para a operação, mas se vê refém da estratégia brilhante montada pelo Fluminense na venda original.
A “guerra fria” por Arias está na mesa. O Palmeiras monitora, mas sabe que, para ter o colombiano, dependerá de uma improvável desistência do Fluminense em exercer seu direito. O cenário mais realista é que a “ameaça” alviverde sirva apenas para inflacionar o mercado e, talvez, forçar o Tricolor a gastar mais para repatriar seu ídolo.
