O mercado da bola esquentou entre Porto Alegre e Belo Horizonte. O Grêmio, agora sob o comando técnico de Luís Castro, avançou significativamente para repatriar o volante Walace. O Cruzeiro mudou sua postura rígida e sinalizou que topa um acordo pela liberação do meio-campista. Agora, o Tricolor Gaúcho aguarda apenas o “ok” oficial e a troca de documentos para selar o retorno do campeão olímpico para a temporada 2026.
A negociação ganha força impulsionada pelo novo projeto gremista. Com Luís Castro garantido até 2027, o clube busca jogadores prontos, com intensidade física e rodagem internacional. Walace, revelado pelo próprio Grêmio, encaixa-se como o “homem de confiança” para liderar o meio-campo, transformando-se em uma oportunidade de mercado que une identificação e necessidade técnica.
Por que o Cruzeiro aceita liberar?
A mudança de cenário na Toca da Raposa é puramente esportiva e financeira. Walace foi contratado a peso de ouro — cerca de R$ 42 milhões pagos à Udinese —, mas perdeu espaço drasticamente na reta final de 2025. Após a Copa do Mundo de Clubes, o volante foi para o fim da fila, somando pouco mais de 100 minutos em campo e chegando a ficar quase um mês sem atuar.

Para o Cruzeiro, manter um ativo desse custo no banco de reservas é um erro de gestão. A diretoria celeste entende que precisa resolver a equação: ou recupera o jogador em campo, ou reposiciona o ativo no mercado para aliviar a folha salarial.
O “Nó” do Negócio: Empréstimo ou Compra no Grêmio?
Em maio, o Cruzeiro recusou uma investida do Grêmio porque os gaúchos queriam apenas dividir salários. Agora, para a Raposa ter “topado” a conversa, o modelo evoluiu. A tendência é que a operação seja um empréstimo com obrigação de compra ou metas atingíveis, garantindo que o clube mineiro recupere parte do investimento de R$ 42 milhões no futuro.
Apesar de Walace ter declarado recentemente que sua prioridade era ficar e que atingiu suas melhores métricas físicas, a realidade do mercado falou mais alto. O contrato longo (até 2028) protege o Cruzeiro de perder o jogador de graça, mas a pressão por desempenho imediato favorece a saída para um ambiente onde ele terá protagonismo.