O Grêmio resolveu um de seus principais impasses nos bastidores antes do fim do ano. O volante Edenílson, peça-chave do time de Mano Menezes, aceitou as novas condições do clube e terá seu contrato renovado até dezembro de 2026. O desfecho, conduzido pelo departamento de futebol, foi cuidadosamente alinhavado com a diretoria eleita de Odorico Roman, garantindo segurança jurídica e financeira para o próximo triênio.
O acordo é uma vitória da racionalidade no clube, que evita perder um titular de graça em nome de uma economia salarial que poderia custar caro em campo.
O “Corte Salarial” que Garantiu a Permanência no Grêmio
Um dos pontos centrais da negociação foi o ajuste nos vencimentos. A renovação só foi sacramentada porque o jogador, cujo contrato atual terminava em 31 de dezembro, aceitou uma redução salarial para 2026. A nova diretoria eleita fez questão de aprovar os valores readequados, garantindo que a permanência do veterano se encaixasse na nova política de gastos do clube.
O modelo de contrato desenhado para Edenílson (35 anos) é moderno:
- Fixo Reduzido: Os vencimentos menores diminuem o impacto da folha fixa mensal.
- Bônus por Performance: A remuneração será complementada por gatilhos esportivos (como número de jogos e metas coletivas), recompensando o jogador pela sua disponibilidade e entrega em campo.
O Xadrez Político: Aval da Nova Gestão
A negociação de Edenílson se tornou um teste político. A direção eleita de Odorico Roman pediu para avaliar renovações de atletas com alto impacto na folha. O argumento forte para manter o volante veio da comissão técnica: Mano Menezes e o coordenador Luiz Felipe Scolari defenderam a continuidade do jogador.
Eles veem em Edenílson um “terceiro homem de meio-campo” ideal, capaz de atuar como um box-to-box, dar sustentação ao jogo interno, e que contribui com gols e assistências (o jogador soma 80 jogos desde 2024 e foi o Bola de Prata em 2023).
Análise: Estabilidade Esportiva Acima do Populismo
A forma como o Grêmio conduziu o caso revela maturidade. O clube não cedeu à tentação de uma “ruptura populista” – que seria cortar um jogador experiente apenas para mostrar força política. Em vez disso, escolheu o caminho mais racional: renegociar o salário (garantindo sustentabilidade) e manter a espinha dorsal do time que retornará à briga por títulos em 2026.
A renovação de Edenílson, que volta a ser peça-chave, garante a Mano Menezes a estabilidade necessária no meio-campo para iniciar 2026 com o pé direito. O que era um potencial foco de crise (contrato no fim, salário alto, troca de gestão) virou uma decisão de continuidade controlada e financeiramente equilibrada.
