A “Operação Volta” de Everton Cebolinha ao Grêmio foi oficialmente ativada. A nova gestão do Tricolor Gaúcho sinalizou ao diretor de futebol do Flamengo, José Boto, o interesse formal em negociar o retorno do ídolo a Porto Alegre já na janela de janeiro de 2026.
O Grêmio age rápido para explorar a maior “brecha” contratual do futebol brasileiro no momento: o contrato do atacante está prestes a expirar, colocando o Rubro-Negro em uma sinuca de bico com seu ativo de R$ 94 milhões.
A “Bomba-Relógio” Contratual que Ameaça o Flamengo
A estratégia do Grêmio é baseada em um timing perfeito. O contrato de Everton Cebolinha com o Flamengo termina em dezembro de 2027.
Para o Flamengo, o cenário é um pesadelo financeiro. O clube investiu cerca de R$ 94 milhões para contratar o atacante em 2022. Agora, José Boto tem uma escolha dramática a fazer:
- Aceita negociar o jogador por um valor baixo (uma “taxa de liberação”) com o Grêmio em janeiro.
- Ou corre o risco altíssimo de perder o atleta de graça em julho, vendo o investimento de R$ 94 milhões virar pó.
A Posição do Grêmio: Os Dois Caminhos para o Retorno

O Grêmio notificou o Flamengo sobre o interesse, abrindo duas frentes de negociação, ambas vantajosas para o Tricolor:
- Caminho 1 (O Pré-Contrato): O Grêmio pode simplesmente ignorar a diretoria do Flamengo, negociar um salário e luvas diretamente com Cebolinha em janeiro, e anunciá-lo “de graça” para uma chegada triunfal no meio de 2027.
- Caminho 2 (A Compra com “Desconto”): Sabendo do risco de perdê-lo de graça, o Grêmio pode oferecer uma compensação financeira imediata ao Flamengo em janeiro. A oferta, claro, não seria o valor de mercado total (€ 7 milhões), mas sim um valor “simbólico” (talvez € 2-3 milhões) para convencer o Rubro-Negro a liberar o jogador seis meses antes e “salvar” algum dinheiro, evitando o prejuízo total.
Os Obstáculos: Salário e a Preferência pela Europa
O negócio, embora estrategicamente brilhante para o Grêmio, não é simples. O maior entrave é o salário do jogador, estimado na faixa de R$ 900 mil a R$ 1,2 milhão por mês, um patamar altíssimo que exigiria uma engenharia financeira na Arena.
Além disso, relatos de mercado do meio de 2025 indicavam que, em caso de saída do Flamengo, a preferência pessoal de Cebolinha seria uma nova chance na Europa, e não um retorno imediato ao Brasil.
Análise: O Jogo de Xadrez Começou
A diretoria do Grêmio fez o movimento certo no tabuleiro. Ao formalizar o interesse, o clube joga toda a pressão no colo de José Boto e do Flamengo. O Rubro-Negro agora precisa decidir se aceita vender seu ídolo por um valor baixo para um rival direto ou se prefere ser orgulhoso e arriscar perdê-lo de graça em julho.
Para o Grêmio, a negociação é uma aposta de baixo risco financeiro (na taxa de transferência) e altíssimo retorno técnico e emocional. A torcida tricolor, que sonha com a volta do “motorzinho”, agora vê a “Operação Retorno” mais próxima do que nunca. A “brecha” de R$ 94 milhões está aberta.