A “ponte aérea” entre o Botafogo e a Inglaterra fez mais uma viagem milionária, mas, desta vez, a festa também acontece em Porto Alegre. O Glorioso acertou a venda do lateral-esquerdo Cuiabano para o Nottingham Forest por cerca de €9 milhões (R$ 57 milhões). No entanto, graças a uma cláusula de “mais-valia”, o Grêmio, clube formador, vai embolsar quase R$ 10 milhões na operação.
A negociação, confirmada pelo ge, foi selada na reta final da janela europeia e marca a quarta transferência de um jogador do Botafogo para o clube inglês em 2025.
A Engenharia do Negócio: O Lucro Dividido
A conta que beneficia o Grêmio é um exemplo de negociação inteligente. Entenda:
- A Compra: Em 2024, o Botafogo pagou cerca de €1,5 milhão ao Grêmio por Cuiabano.
- A Cláusula: No acordo, o Grêmio garantiu o direito a 20% do lucro (mais-valia) em uma futura revenda.
- A Venda: Ao vender por €9 milhões, o Botafogo teve um lucro de €7,5 milhões.
- O Repasse: 20% desse lucro, ou seja, €1,5 milhão (R$ 9,6 milhões), irão diretamente para os cofres do Tricolor Gaúcho.
A “Freguesia” do Forest
A transferência de Cuiabano consolida a forte relação comercial entre Botafogo e Nottingham Forest. O clube inglês já havia levado John, Jair e Igor Jesus nesta temporada, mostrando que a rede multiclubes de John Textor funciona como uma vitrine direta para a Premier League.
Análise: A Vitória do Modelo de Negócio
A venda de Cuiabano é o exemplo perfeito do sucesso do modelo de negócio implementado no Botafogo e da gestão de ativos no Grêmio. O Botafogo compra um jogador com potencial, dá a ele uma vitrine internacional na Libertadores e o revende por um lucro de 400%.
O Grêmio, por sua vez, mostra inteligência ao se proteger com cláusulas que garantem receita futura. É um negócio em que todos ganham: o jogador vai para a maior liga do mundo, e os dois clubes brasileiros enchem o caixa.