A janela de transferências do meio do ano mal fechou, e a diretoria do Flamengo já tem o seu planejamento para 2026 traçado. O plano é de uma “mini-reformulação”: vender bem os jogadores que perderam espaço, segurar a espinha dorsal do time com renovações estratégicas e ir ao mercado de forma cirúrgica para suprir carências pontuais.
O objetivo, como sempre na Gávea, é manter um elenco de altíssimo nível, mas com uma folha salarial equilibrada e um grupo mais enxuto e funcional para o técnico Filipe Luís.
A “Porta de Saída”: Quem Pode Deixar o Ninho?
Nos bastidores, quatro nomes do setor ofensivo são vistos como “negociáveis” e podem render um bom dinheiro ao clube no fim do ano.
Michael: É o caso mais quente. Após recusar uma proposta do Al-Ula, o atacante segue na mira do mercado árabe. O Flamengo não dificultará a saída se chegar uma proposta financeiramente vantajosa.
Everton Cebolinha: Vive um dilema. O clube barrou sua saída nesta janela e planeja conversar sobre renovação em janeiro. No entanto, com a chegada de Samuel Lino, ele perdeu minutos, e uma proposta “irrecusável” pode mudar os planos.
Juninho: Sem espaço no time principal, a tendência é que o atacante seja emprestado ou negociado em definitivo para ganhar rodagem. A volta ao seu ex-clube, o Qarabag, segue como uma possibilidade.
Nicolás De La Cruz: Após um ano de problemas físicos, o uruguaio é uma incógnita. Se não conseguir uma sequência de alto nível nesta reta final, o clube pode optar por vendê-lo para recuperar o investimento.
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As Prioridades para 2026: Goleiro e Renovações
Se de um lado há saídas, do outro há prioridades claras. A principal meta do Flamengo no mercado para 2026 é a contratação de um goleiro para ser o reserva imediato de Rossi, já que Matheus Cunha tem pré-contrato com o Cruzeiro.
Internamente, as “contratações” mais importantes são as renovações. A extensão do contrato de Arrascaeta é o dossiê mais sensível e prioritário. Além dele, a diretoria também já iniciou as conversas para garantir a permanência do técnico Filipe Luís.
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Análise: A Gestão de um Elenco Galáctico
O plano do Flamengo para 2026 é um sinal de maturidade de gestão. O clube age de forma proativa para evitar o envelhecimento e o inchaço do elenco. A estratégia de “vender bem para contratar melhor” se tornou a marca registrada da diretoria. Ao mesmo tempo em que gera receita com atletas que não são titulares absolutos, o clube se prepara para investir na manutenção de seus maiores ídolos e em peças de reposição pontuais. É a engrenagem do clube mais poderoso do país funcionando para garantir que a hegemonia se mantenha por muitos anos.