O sonho da torcida do Grêmio de repatriar o ídolo Everton Cebolinha terá que esperar — e muito. Em um movimento estratégico que frustrou os planos do rival gaúcho, o Flamengo “trancou a porta” e definiu que não negociará o atacante em 2025. Mais do que isso, a diretoria rubro-negra já agendou para janeiro a primeira conversa formal para discutir a renovação de seu contrato.
A decisão, que circula nos bastidores da Gávea, é um balde de água fria na expectativa tricolor e um recado claro ao mercado: quem quiser tirar o camisa 11 do Ninho do Urubu terá que esperar e, principalmente, abrir o cofre.
A Posição Firme do Flamengo: Por que Ele Fica?
A permanência de Cebolinha foi uma decisão baseada em uma combinação de fatores técnicos, esportivos e contratuais. Primeiro, o time de Filipe Luís está na reta final e decisiva do Brasileirão e da Libertadores, e a diretoria entende que a profundidade do elenco é crucial.
Além disso, mesmo com a chegada de Samuel Lino, o treinador considera Cebolinha uma peça tática valiosa por sua capacidade de quebrar linhas no um contra um e pela intensidade na marcação. Com um calendário apertado, ter dois jogadores de alto nível para a posição é visto como um luxo necessário, não um problema.
O Detalhe do Contrato que Muda o Jogo
A tranquilidade do Flamengo para ditar as regras é amparada pelo contrato do jogador. Recentemente, o estafe do atleta esclareceu uma informação crucial: o vínculo de Cebolinha vai até dezembro de 2026, e não até junho, como parte da imprensa especulava.
Essa diferença de seis meses é gigantesca no xadrez do mercado. Ela significa que o atacante só poderá assinar um pré-contrato com outro clube a partir de julho de 2026, o que dá ao Flamengo quase um ano inteiro para negociar a renovação com calma e com total poder de barganha.
Análise: O Poder de Quem Não Precisa Vender
O “caso Cebolinha” é um retrato da atual hegemonia do Flamengo no cenário sul-americano. O clube atingiu um patamar financeiro e esportivo em que não precisa mais vender seus titulares por oportunidade, apenas por conveniência.
Manter no elenco um jogador do calibre de Cebolinha, mesmo como peça de rotação, é uma demonstração de força que poucos clubes no Brasil podem bancar. Para o Grêmio, resta o papel de ficar “à espreita”, torcendo por uma brecha em uma negociação que, hoje, é controlada 100% pelo seu maior rival.