O Cruzeiro abriu uma frente de cobrança contra o Alverca, de Portugal, e se prepara para levar o caso à FIFA. O motivo é o não repasse da fatia de €225 mil (cerca de R$ 1,42 milhão) a que o clube tem direito pela venda do zagueiro Paulo Eduardo, uma de suas Crias da Categoria de Base.
A informação, divulgada pelo portal Central da Toca, expõe uma quebra de contrato que pode render sanções pesadas ao clube português, incluindo um possível transfer ban.
A Engenharia do Negócio
A história começou em março deste ano, quando o Alverca, que detinha parte dos direitos do jogador, o vendeu em definitivo para o Riga FC, da Letônia, por €500 mil. Pelo acordo, o Cruzeiro, que manteve 50% dos direitos econômicos de Paulo Eduardo, teria direito a metade do valor. No entanto, quase seis meses depois, o dinheiro ainda não caiu nos cofres da Toca da Raposa.
A Ameaça da FIFA
A paciência do Cruzeiro parece estar no fim. De acordo com o artigo 12bis do Regulamento da FIFA, pagamentos em atraso podem gerar sanções severas. Se o clube mineiro formalizar a queixa, o Alverca pode enfrentar desde multas até a proibição de registrar novos jogadores.
Análise: A Nova Postura da SAF
Para um clube que reequilibra suas finanças, R$ 1,4 milhão faz muita diferença no fluxo de caixa. Mas a questão vai além do dinheiro. A cobrança firme e a disposição de ir à FIFA marcam a nova postura da SAF de Pedro Lourenço: a de defender seus interesses de forma implacável no mercado.
A mensagem para os parceiros comerciais é clara: o tempo de “deixar para lá” acabou. O Cruzeiro agora esgotará as vias diplomáticas, mas não hesitará em usar a força dos regulamentos para garantir o que é seu por direito.
