A movimentação de bastidores ligando o nome de Hulk a clubes como Botafogo e Fluminense agitou o mercado nas últimas horas, mas encontrou uma barreira intransponível na Cidade do Galo. Embora o interesse dos cariocas exista — motivado pela busca de um atacante de impacto imediato —, a diretoria do Atlético-MG adotou uma postura de “linha dura”: não há intenção de negociar o camisa 7 com qualquer equipe do futebol brasileiro.
O futuro de Hulk é tratado internamente como um “assunto institucional”. Isso significa que qualquer decisão sobre o atleta não passa apenas pelo diretor de futebol, mas envolve diretamente os donos da SAF e o presidente da associação, Sérgio Coelho. A ordem na cúpula alvinegra é clara: proteger o ídolo e, acima de tudo, não cometer o erro estratégico de reforçar um concorrente direto na briga por títulos nacionais e continentais.
Atlético-MG blinda Hulk e descarta negócio com Botafogo ou Fluminense
A recusa do Atlético em ouvir propostas domésticas é pragmática. Mesmo com 39 anos no horizonte, Hulk continua sendo uma peça-chave no xadrez do futebol sul-americano. Liberá-lo para o Botafogo (que tem poder financeiro) ou Fluminense seria entregar uma arma letal a um adversário. A diretoria entende que a saída de Hulk só é cogitável em dois cenários:
- Uma proposta vantajosa do futebol internacional (futebol árabe ou MLS, por exemplo).
- Um pedido explícito e irrevogável do próprio jogador — algo que, até o momento, não aconteceu.
Contrato e a “única condição” para deixar o Galo

Se o Atlético controla a porta de saída agora, o relógio joga contra no médio prazo. Hulk tem contrato válido até 31 de dezembro de 2026. Isso cria uma “condição única” que pode forçar uma negociação futura: se o jogador não renovar até o meio do próximo ano, ele poderá assinar um pré-contrato a partir de julho de 2026 e sair de graça.
- O Plano: Uma reunião entre o estafe de Hulk e a diretoria do Atlético está prevista para o início de 2026 para alinhar as expectativas e evitar que o ídolo entre em “fim de ciclo” sem uma definição contratual segura.
Análise Moon BH: O Preço da Idolatria
Para o Atlético, segurar Hulk não é apenas sobre futebol, é sobre mensagem. Vender o capitão para o Botafogo seria um sinal de fraqueza institucional imperdoável para a torcida. O clube prefere correr o risco de perder o jogador de graça ao fim do contrato ou negociá-lo por valores menores para o exterior do que vê-lo vestindo outra camisa da Série A.
Para Botafogo e Fluminense, a sondagem é válida (“o não você já tem”), mas a operação é quase impossível. Tentar tirar Hulk de BH hoje exige mais do que dinheiro; exige uma ruptura na relação entre o jogador e o Galo que, por enquanto, parece sólida.