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Atlético-MG e Fluminense discutem ‘Pacote de R$ 3 milhões’ por Hulk em janeiro

O Fluminense sonhou alto para 2026, mas a realidade financeira impôs um freio imediato. O Tricolor das Laranjeiras realizou sondagens para entender a situação de Hulk, ídolo do Atlético-MG, mas a operação entrou oficialmente em “modo espera”. A tendência é que o clube carioca só volte a tratar do tema em janeiro, e o motivo é puramente matemático: o custo.

Entre salário, luvas e bonificações, o pacote necessário para tirar o camisa 7 de Belo Horizonte é visto internamente como pesado demais para virar uma proposta formal agora. A avaliação nos bastidores é de que o investimento total poderia bater na casa dos R$ 3 milhões por mês, um valor que exigiria uma engenharia financeira complexa e, possivelmente, inviável sem parceiros.

O Custo da Ambição: Por que jogador do Atlético-MG é tão caro?

Para entender o susto do Fluminense, é preciso olhar para os números de Hulk no Galo. Estimativas de mercado apontam que o atacante já possui um dos maiores salários do país, girando em torno de R$ 1,8 milhão mensais.

Para convencê-lo a mudar de ares, o Fluminense teria que oferecer um projeto financeiro ainda mais robusto ou equivalente, somado aos custos de transação.

  • O Entrave: Não é que o Fluminense “desistiu” por falta de vontade técnica, mas sim porque, na ponta do lápis, a operação comprometeria boa parte do orçamento de 2026.
  • A Estratégia: O clube decidiu “gelar” a conversa até a virada do ano para ver se o mercado (ou o próprio jogador) apresenta um cenário mais favorável.

A Busca por um Camisa 9 de Impacto

(foto: Pedro Souza/Atlético)

O interesse em Hulk não é aleatório. O planejamento do Fluminense para 2026 traçou como prioridade a contratação de um centroavante titular. A diretoria e a comissão técnica avaliam que o setor ofensivo precisa de mais peso, diante da oscilação de Everaldo e das incertezas sobre o futuro de John Kennedy.

Hulk aparece como o “atalho” perfeito: um nome pronto, com liderança comprovada e impacto técnico imediato, capaz de mudar a conversa do clube com a torcida e o mercado.

Cenários para Janeiro

Se o Fluminense realmente retomar a pauta em janeiro, três caminhos se desenham:

  1. Esfriamento Total: O Flu encontra um “plano B” mais jovem e barato no mercado e encerra o sonho.
  2. Sinal de Hulk: O staff do jogador indica alguma abertura para ouvir propostas, permitindo ao Flu tentar um modelo criativo (salário base menor + altos bônus).
  3. Composição: O Atlético decide readequar a folha e aceita facilitar a saída (cenário hoje improvável).

Análise Moon BH: O Preço do Impacto

A sondagem do Fluminense por Hulk faz todo o sentido esportivo e de ambiente — 2026 exige uma resposta forte. Mas, no “futebol real”, contratações desse tamanho não são decididas apenas pela bola que o jogador joga; são decididas pela arquitetura financeira.

Hoje, o Atlético tem um ídolo sob contrato, feliz e com respaldo. O Fluminense tem uma necessidade urgente, mas não pode entrar em um leilão de custo fixo que sangre seus cofres. Se janeiro não trouxer um sinal inequívoco do camisa 7 de que ele busca um “último desafio” no Rio de Janeiro, o Flu tende a seguir o roteiro mais racional: buscar um 9 mais “negociável” e deixar o sonho de Hulk na gaveta das especulações de verão.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.