O lateral Renzo Saravia já poderia ter seu futuro definido longe de Belo Horizonte, mas a sua prioridade, segundo ele mesmo, continua sendo o Atlético. Ao declarar publicamente que deseja permanecer no clube, o argentino, cujo contrato termina em menos de três meses, fez um gesto de lealdade e jogou toda a pressão da negociação para a diretoria do Galo.
“Isso vai ficar a cargo do meu representante e com o pessoal do Atlético. Eu falei para ele que a minha prioridade é o Atlético-MG, pois me sinto muito feliz aqui, minha família está muito feliz aqui, então veremos mais adiante o que decide a diretoria, o treinador e quem que toma as decisões“, disse o jogador após seu retorno aos gramados.
A bola agora está com o clube, que corre contra o tempo para transformar a boa vontade do atleta em um novo contrato e evitar o prejuízo de perdê-lo de graça.
A Análise do ‘Recado’ de Saravia
A declaração de Saravia é muito mais do que uma simples frase de efeito. Desde o dia 1º de julho, o lateral já está legalmente apto a assinar um pré-contrato com qualquer outro clube do mundo para se transferir sem custos em janeiro. Ao afirmar que vai esperar pelo Atlético, ele, na prática, “congela” o mercado e dá ao Galo a prioridade total na negociação, um gesto raro no futebol moderno.

O recado é claro: ele quer ficar, mas a decisão agora precisa partir do clube.
O Relógio Contra o Atlético
Para a diretoria do Atlético, a situação é de urgência máxima. Cada dia que passa com o jogador livre para assinar com outros times aumenta o risco de perder um ativo importante sem qualquer compensação financeira. A atual Data Fifa é vista como a janela de oportunidade perfeita para sentar com o estafe do atleta e selar a permanência.
A renovação faz sentido tanto do ponto de vista esportivo — o time vem sofrendo com desfalques na defesa — quanto financeiro, evitando a perda de um jogador a custo zero.
Minha opinião:
Saravia fez a sua parte. Mostrou lealdade, colocou o clube como prioridade e esperou por uma definição mesmo podendo garantir seu futuro em outro lugar. Agora, a responsabilidade está inteiramente nos ombros da diretoria do Atlético.
A renovação deixou de ser uma opção e se tornou uma obrigação lógica. Não estender o vínculo de um jogador útil, que deseja permanecer, seria um erro de gestão difícil de explicar para a torcida. O argentino abriu a porta; cabe ao Galo apenas atravessá-la.