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Atlético avalia demitir Cuca se for eliminado e sonha com Tite

Para o técnico Cuca, o jogo de volta contra o Cruzeiro, no dia 11 de setembro, deixou de ser apenas um clássico. Virou uma final que vale seu emprego. Nos bastidores do Atlético, a pressão sobre o treinador é imensa, e uma eliminação para o maior rival na Copa do Brasil deve selar sua saída. E o “plano A” para a sucessão já tem nome e sobrenome: Tite.

A diretoria da SAF convive com cobranças por atuações irregulares e sabe que abrir mão de quase R$ 10 milhões em premiação pela vaga na semifinal teria um custo financeiro e político altíssimo.

O Jogo que Vale o Emprego (e Milhões)

A estratégia do Atlético em 2025 foi de priorizar as copas. Fracassar nesse objetivo, especialmente para o arquirrival, é o roteiro perfeito para uma crise.

A eliminação não significaria apenas a perda da chance de um título, mas também de uma receita crucial de R$ 9,92 milhões, valor que aliviaria um caixa já pressionado por uma dívida bilionária.

Plano A: O Sonho Chamado Tite

Em caso de demissão de Cuca, o nome de Tite surge como o alvo natural e desejado pela diretoria. Ele tem o perfil ideal: gestão de vestiário, impacto rápido e capacidade de montar times sólidos. No entanto, a operação é extremamente complexa por dois motivos:

  1. A Pausa Pessoal: Tite anunciou uma pausa na carreira por tempo indeterminado para cuidar da saúde, e não há sinais de que pretende antecipar seu retorno.
  2. O Custo Milionário: O padrão salarial do ex-técnico da Seleção e de sua comissão técnica está no topo do mercado, o que exigiria uma engenharia financeira ousada da SAF.

Análise: O Clássico como Plebiscito

O clássico de 11 de setembro virou um plebiscito sobre o futuro de Cuca. Se a classificação vier, ele ganha fôlego e a pressão diminui. Se o time for eliminado, a troca de comando se torna o caminho mais provável para “resetar” o ambiente e salvar a temporada.

A sombra de Tite, mesmo distante, aumenta a pressão. O desejo pelo ex-técnico da Seleção existe, mas não paga a folha salarial nem ignora a saúde. A SAF do Galo terá que decidir entre insistir em um projeto desgastado ou sonhar com um nome gigante, que hoje, parece depender mais de sua vontade pessoal do que do cheque alvinegro.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.