A confirmação da lesão muscular de Hulk na coxa direita caiu como uma bomba na Cidade do Galo nesta terça-feira. O atacante, que já havia ficado de fora da viagem para a Venezuela sob a justificativa de “fortalecimento muscular”, agora tem um diagnóstico mais preocupante, que pode comprometer sua participação nos próximos compromissos do clube e acende um alerta vermelho para Cuca.
O camisa 7 sentiu o problema no início do segundo tempo da vitória contra o Tombense, pela semifinal do Campeonato Mineiro, no último sábado.
Apesar de ter deixado o campo caminhando, os exames confirmaram a lesão, e o jogador já iniciou tratamento com os fisioterapeutas do clube. A situação expõe uma realidade que a diretoria atleticana tenta disfarçar há meses: a dependência excessiva de um atleta que, por mais extraordinário que seja, carrega o peso dos seus quase 39 anos.
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Atlético não divulgou detalhes da lesão
Como é de praxe, o Atlético não divulgou o prazo de recuperação, mas a preocupação nos bastidores é grande. Fontes próximas ao departamento médico indicam que o tipo de lesão sofrida por Hulk costuma exigir, no mínimo, três semanas de recuperação para atletas jovens.
No caso do veterano atacante, esse prazo pode se estender ainda mais, colocando em risco sua participação em jogos decisivos que se aproximam.
A ausência de Hulk expõe uma fragilidade crônica do planejamento atleticano para 2025. Apesar dos investimentos milionários, o clube não conseguiu montar um elenco com substitutos à altura para seu principal jogador.
Já Deyverson, contratado justamente para ser uma alternativa ao camisa 7, ainda não conseguiu se firmar e tem sido alvo de críticas da torcida.
Hulk pode demorar 40% mais para se recuperar que atleta da base
O departamento médico atleticano agora trabalha intensamente para recuperar o atacante o mais rápido possível, mas a idade avançada do jogador pode ser um fator complicador no processo de reabilitação. Especialistas em medicina esportiva apontam que atletas acima dos 35 anos tendem a ter um tempo de recuperação até 40% maior em lesões musculares, comparados a jogadores na casa dos 20 anos.
Para Cuca, a situação é ainda mais delicada. O treinador, que já vinha sendo questionado pelo início irregular no Brasileirão, agora terá que encontrar soluções táticas sem seu principal artilheiro. A pressão aumenta ainda mais considerando que o Galo tem pela frente uma sequência decisiva na temporada, com jogos importantes tanto no Brasileirão quanto na Sul-Americana.
A torcida atleticana, que já demonstrava sinais de impaciência com as oscilações do time, agora tem mais um motivo para preocupação. Resta saber se o clube conseguirá superar mais este obstáculo ou se a lesão de Hulk será o estopim para uma crise ainda maior na temporada alvinegra.




