A comunidade do Bairro São João Batista, em Venda Nova, voltou a ocupar a Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta segunda-feira (14/4) para exigir ações concretas contra os problemas crônicos que afetam o Córrego Lareira.
Esta foi a segunda audiência pública em pouco mais de um ano convocada pela vereadora Loíde Gonçalves (MDB) para discutir a situação, que inclui mato alto, esgoto a céu aberto e falta de cercamento na área.
Durante o encontro, promovido pela Comissão de Meio Ambiente, moradores exibiram um vídeo com imagens chocantes do local, onde tubulações de esgoto insuficientes e obras mal executadas pela prefeitura agravam os riscos à saúde pública.
João Bosco da Costa, um dos residentes, denunciou que as intervenções realizadas em etapas desconectadas pioraram o cenário: “As máquinas danificaram as galerias construídas, e agora a água não escoa quando chove”.
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O drama ganha contornos ainda mais graves com o relato de Viviane Rezende, que alertou para a formação de um “piscinão de esgoto” atrás do terreno onde será construído um posto de saúde – ironicamente, uma instalação que deveria promover o bem-estar da população.
Representantes da Prefeitura de BH presentes na audiência se comprometeram a realizar limpezas emergenciais nas próximas semanas, mas a vereadora Loíde Gonçalves destacou a frustração da comunidade com a lentidão das respostas: “Não queríamos estar aqui repetindo cobranças, mas a omissão do poder público nos obriga a amplificar essas vozes”.
A situação revela um padrão de descaso com áreas periféricas da capital mineira, onde problemas ambientais se misturam a falhas de gestão urbana.
Enquanto os moradores aguardam ações efetivas, seguem expostos a doenças e insegurança, num cenário que contrasta com o discurso oficial de desenvolvimento sustentável.
