O prefeito de Belo Horizonte se complicou em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 19, quando anunciou a reabertura da capital.
Para não dar o braço à torcer de que os ônibus lotados são seu calcanhar de Aquiles, surgiu com uma suposta pesquisa da Secretaria de Saúde que, se existe, mostra que o transporte público não é um grande vilão da contaminação e sim as faxineiras e domésticas.
Criticado, inclusive pelo Moon BH (veja aqui), o prefeito se defendeu no Twitter nesta terça, 20. Entretanto, apresentou dados que não fazem sentido.
“A Prefeitura de Belo Horizonte não trabalha com achismo. Trabalhamos com dados e números”, disse Kalil.
O gráfico mostra que dos internados por pelo menos um dia em BH, mais de 98% são faxineiras, domésticas ou aposentados. Se for verdade, não bastaria proibir os serviços de limpeza e deixar todo o resto do comércio funcionando? Não faz sentido.
Ao invés de pedir desculpas pelo erro, que poderia ser perdoado frente a seus grande acertos, Kalil acabou só piorando a situação.
Como publicamos ontem, todos os estudos publicados até o momento, inclusive o da UFMG abaixo, mostram que o transporte público é o segundo lugar com mais chance de infecção, perdendo apenas para hospitais. Neste caso, o suposto estudo da PBH seria de interesse público.
A Prefeitura de Belo Horizonte não trabalha com achismo. Trabalhamos com dados e números. pic.twitter.com/cCvgxLBu5n
— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) April 20, 2021