O mais recente agregado de pesquisas sobre a disputa pelo Senado em Minas Gerais, feito nesta sexta-feira, 10, pelo Moon BH, mostra um quadro de equilíbrio entre os campos ideológicos e quatro nomes que despontam com competitividade real. Pela centro-direita, Carlos Viana (Podemos) e Marcelo Aro (PP) lideram o grupo; pela esquerda, os principais nomes são Marília Campos (PT) e Alexandre Silveira (PSD).
A média ponderada das quatro pesquisas mais recentes — Real Time Big Data, Paraná Pesquisas, Atlas e Ver — revela um panorama equilibrado.
A força da centro-direita: Viana e Aro
Entre os nomes conservadores, Carlos Viana mantém vantagem, liderando em três das quatro pesquisas. O senador é figura conhecida no estado por ter trabalhado na Rádio Itatiaia e na Record Minas. Contudo, há um dado relevante: nas duas últimas eleições que disputou, Viana não conseguiu sustentar o desempenho inicial, sofrendo desidratação na reta final das campanhas. Para Prefeitura de BH, chegou a liderar, mas terminou com menos de 2%.
Já Marcelo Aro aparece como um nome em ascensão. Com cerca de 10,7% na média e mais de 13% nas sondagens mais recentes, o deputado do PP vem ganhando espaço entre eleitores moderados e prefeitos do interior, com uma imagem de conciliação e diálogo político amplo. Sua taxa de rejeição é considerada baixa, e o fato de representar uma nova geração política o coloca como uma alternativa consistente dentro do mesmo campo ideológico de Viana.

A um ano das eleições, é importante lembrar: pesquisas nesse estágio medem principalmente o grau de reconhecimento de nomes públicos, e não intenção consolidada de voto. Ou seja, candidatos mais conhecidos — como Viana ou Marília Campos — tendem a aparecer à frente.
O eixo da esquerda: Marília e Silveira
No campo progressista, Marília Campos (PT) e Alexandre Silveira (PSD) são hoje os nomes mais competitivos. Prefeita de Contagem e uma das principais lideranças petistas no estado, Marília aparece na liderança em dois levantamentos e mantém base sólida entre o eleitorado de esquerda e servidores públicos.
Entretanto, nos bastidores, Marília tem sido cotada para compor uma chapa majoritária ao governo de Minas, possivelmente como vice de um candidato aliado ao Palácio do Planalto. Em entrevista recente, a própria prefeita afirmou não ter a intenção de disputar o Senado em 2026, o que pode alterar significativamente o tabuleiro caso a decisão se confirme.

Já Alexandre Silveira, atual ministro de Minas e Energia, representa o grupo de centro-esquerda aliado a Lula e conta com forte estrutura partidária. Ele mantém desempenho estável nas pesquisas, com tendência de crescimento à medida que a máquina governista se mobiliza no estado.
O que os números revelam
O quadro geral indica uma disputa aberta e sem hegemonia.
- A esquerda tem, por ora, a soma de Marília e Silveira superando 35%, mas pode perder força se a prefeita de Contagem desistir da corrida.
- Já a centro-direita, dividida entre Viana e Aro, acumula mais de 33% e tende a crescer à medida que as alianças em torno do governador Romeu Zema se definem.
Nesse contexto, Marcelo Aro surge como um ativo importante: jovem, articulado e com discurso de moderação — um perfil capaz de dialogar tanto com a direita econômica quanto com o eleitor pragmático que busca eficiência administrativa. Já Silveira vem com a força da máquina pública e o apoio do presidente Lula.
Média agregada:
- Marília Campos (PT): 23,3%
- Carlos Viana (Podemos): 22,5%
- Alexandre Silveira (PSD): 12,7%
- Marcelo Aro (PP): 10,7%
- Erro médio: 2,6%























