O CPF de Donald Trump: Por que o presidente dos EUA tem um documento brasileiro

Foto: Ilustração criada digitalmente

A pergunta que explodiu nas redes sociais nesta semana parece piada, mas é real: Donald Trump tem CPF? A resposta é sim. O presidente dos Estados Unidos possui um Cadastro de Pessoas Físicas brasileiro, válido, ativo e em situação regular junto à Receita Federal desde 8 de abril de 2014.

Mas calma, não se trata de uma gafe burocrática nem de uma teoria da conspiração. A explicação é muito mais simples e está ligada aos negócios que o magnata tentou emplacar no Brasil há quase uma década.

Por que um Estrangeiro Precisa de CPF?

Qualquer estrangeiro que deseje realizar operações financeiras no Brasil precisa do documento. A regra da Receita Federal é clara: para investir no mercado financeiro, comprar imóveis ou participar de empresas no país, é obrigatório ter um CPF. O cadastro pode ser feito nos consulados brasileiros no exterior.

O “Sonho Carioca” de Trump

Foi exatamente esse o caso de Trump. No período entre 2014 e 2016, a marca do então empresário estava vinculada a dois grandes projetos de luxo no Rio de Janeiro: o Trump Hotel Rio de Janeiro (na Barra da Tijuca) e o ambicioso Trump Towers Rio, um complexo de cinco torres corporativas no Porto Maravilha.

Para que ele pudesse figurar como sócio ou parceiro nesses empreendimentos, a emissão de um CPF era um requisito legal indispensável para assinar contratos e operar no sistema financeiro nacional.

O que o CPF NÃO Significa

É importante ressaltar:

  • Ter um CPF não concede cidadania nem residência no Brasil.
  • Não implica que o titular deva pagar imposto de renda automaticamente no país, apenas se houver rendimentos gerados aqui.

Análise: A Burocracia para Todos

A curiosidade em torno do CPF de Trump revela um fato interessante sobre a burocracia: ela é, em teoria, para todos. A história mostra que, para fazer negócios no Brasil, até mesmo um bilionário que viria a se tornar o homem mais poderoso do mundo precisa seguir as mesmas regras de qualquer outro investidor estrangeiro e “tirar o seu CPF”. O que hoje parece uma excentricidade, na época, foi apenas mais um passo no mundo dos negócios.