BH: empresa de uniformes atrasados foi acusada de superfaturamento

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A Prefeitura de Belo Horizonte não sabe quando vai entregar os uniformes escolares para as crianças da rede municipal após comprar 1 milhão de peças da empresa Metah LTDA, em um contrato de R$ 45 milhões. Até agora foram entregues 2%, ou seja 20 mil peças.

Com média de R$ 45,00 por peça, a PBH poderia encontrar preços melhores até pelo Mercado Livre.

A informação foi revelada pelo Bhaz nesta terça-feira, 6, e segundo a secretária de Educação, Natália Araújo, a cidade não sabe quando vai receber os uniformes e não tem prazo para entregá-los aos pais e alunos.

“O contrato foi muito ruim. Não pela qualidade do material a ser entregue; pelo contrato mesmo”, disse Natália ao site. Ainda sob comando de Bruno Barral, afastado pelo STF após suspeitas de corrupção, o contrato foi feito já sob a gestão de Álvaro Damião.

Ele foi assinado pelo então Secretário Adjunto de Educação, Marcus Valério de Figueiredo Clemente, que hoje ocupa o mesmo cargo na pasta de ‘Gestão de Pessoas, Planejamento Estratégico e Inovação’.

Um levantamento do Moon BH mostra que a empresa está envolvida em uma série de irregularidades em contratos com prefeituras pelo Brasil.

Metah LTDA é suspeita de sobrepreço em Canoas

O atraso pode não ser o único problema para a Prefeitura de BH. A mesma empresa está sendo acusada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul de sobrepreço em um contrato para fornecer pisos emborrachados para escolas geridas pela Prefeitura de Canoas.

O contrato de R$ 22 milhões teria um superfaturamento de quase R$ 11 milhões, segundo o TCE.

Contrato para Kit Covid Escolar considerado irregular

Em março deste ano a mesma empresa teve um contrato de R$ 4.374.885,00 considerado irregular pelo TCE de São Paulo.

O acordo firmado entre a prefeitura de Cotia e Paulo Rogério Szimkiewicz Eireli, hoje Metah Ltda., previa a entrega de “Kit Escolar Covid”.

Tribunal de Contas de Pernambuco vê superfaturamento

A mesma empresa, ainda sob nome Paulo Rogério Szimkiewicz Eireli, foi alvo do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), que acusou um contrato para entrega de Kits de Materiais Escolares pela Prefeitura de Garanhuns superfaturado em R$ 720 mil.

Segundo o TCE-PE, dos 19 itens comprados pela prefeitura, 17 tinham preço acima do merado.