Falcão: casa de prefeito presidente da AMM é assaltada em Minas

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A sensação de insegurança não poupa nem mesmo quem está no poder. Durante o feriado prolongado, a residência do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão (sem partido), e da deputada estadual Lud Falcão (Podemos), localizada em Patos de Minas, foi alvo de um furto.

O casal e os filhos não estavam em casa no momento do crime, mas a invasão reacendeu um debate urgente: até quando a legislação penal brasileira continuará sendo branda a ponto de incentivar a criminalidade?

Em um post nos stories do Instagram na noite desta segunda-feira (21 de abril), Falcão confirmou o ocorrido e garantiu que a família está bem. Apesar do susto, o prefeito de Patos de Minas – que também comanda a AMM – não poupou críticas ao sistema de segurança pública.

“Passou da hora de rever essa legislação frouxa, que não pune, acaba por incentivar o crime e o resultado é essa impunidade insuportável”, desabafou. A declaração ecoa um sentimento generalizado na população: a de que a Justiça não consegue frear a escalada da violência.

Os ladrões agiram enquanto a família viajava, invadindo a propriedade e levando objetos ainda não divulgados publicamente.

Falcão afirmou que “todas as providências legais e policiais” estão sendo tomadas, mas a pergunta que fica é: isso será suficiente? O caso ilustra uma realidade que atinge desde moradores de periferia até autoridades – a falta de efetividade no combate ao crime.

Violência e assaltos preocupam

O presidente da AMM não é o primeiro líder político a ser vítima da violência, mas sua posição reforça a ironia cruel do sistema: se até quem faz parte da estrutura de poder não está imune, o que dizer do cidadão comum?

A deputada Lud Falcão, conhecida por suas pautas em defesa da segurança pública, agora vive na pele o que muitos eleitores enfrentam diariamente.

A fala de Falcão não é isolada. Nos últimos anos, Minas Gerais tem registrado aumento em crimes contra o patrimônio, como furtos e roubos.

Especialistas apontam que a falta de políticas eficazes de inteligência policial e a demora na punição contribuem para a sensação de que o crime compensa.

O debate sobre penalidades mais duras e encarceramento efetivo para criminosos reincidentes volta à tona, mas sem avanços concretos.

Enquanto isso, casos como esse servem de alerta: se a lei não for capaz de proteger até mesmo aqueles que ajudam a criá-la, qual é a esperança para o resto da população?

Novas Leis podem surgir na ALMG

Além da investigação policial, o caso deve pressionar ainda mais a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a discutir medidas mais duras contra a criminalidade. A deputada Lud Falcão, que já atuou em projetos relacionados à segurança, agora tem um motivo pessoal para intensificar a pauta.

Enquanto isso, a mensagem deixada por Falcão nas redes sociais resume o descontentamento de muitos: “Ninguém fica preso”. Se nada mudar, infelizmente, outros lares – sejam de políticos ou de trabalhadores – continuarão vulneráveis.