Há alguns meses, em entrevista para a jornalista Edilene Lopes, o vereador Gabriel Azevedo alertou os atuais aliados de Alexandre Kalil (PSD), dizendo que o ex-prefeito trocou os mais fieis por outros, desconhecidos. De fato, em apenas 6 anos ele perdeu seus quatro cavaleiros.
Gabriel foi o primeiro. Depois de ajudar a eleger Kalil em 2016, os dois acabaram rompendo ainda no início do primeiro mandato. Tinham uma longa relação de amizade.
Outro que estava com o ex-presidente do Galo desde o início de sua carreira política é Alberto Lage, que foi chefe de gabinete dele, mas acabou deixando a gestão no final do ano passado. Causou um verdadeiro escândalo com as denúncias que fez. Se sentiu traído.
Depois de décadas como o braço direito de Kalil, a próxima a se afastar foi Adriana Branco. 11 a cada 10 pessoas acreditam que ele ficou manco sem ela.
Mas não para por aí. Discreto, Vitor Colares era uma das peças chave para o prefeito. Não só na campanha, mas como chefe de imprensa na prefeitura. 90% das crises foram contornadas por ele sem que o público tivesse conhecimento, o que fez a aprovação da gestão disparar. Com a renúncia do prefeito, Colares deixou o cargo. Três meses depois a aprovação da PBH caiu para um nível menor do que a do governo Bolsonaro. Três meses!
Os quatro cavaleiros de Kalil o tinham como um amigo e não como um candidato, um job. E trocá-los por desconhecidos está custando caro (em todos os sentidos). A campanha de Kalil ainda pode virar, é só trazer seus escudeiros de volta.