O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) será investigado pela Polícia Federal, segundo o Uol nesta terça-feira, 14.
A PF quer investigar se ele recebeu dinheiro não declarado em sua campanha de 2020 e em sua pré-campanha deste ano para enfrentar o governador Romeu Zema (Novo).
A investigação tem como base denúncias do ex-chefe de gabinete de Kalil, Alberto Lage. Segundo o rapaz, dentro da Prefeitura havia um esquema de arrecadação de verbas para uso no Caixa 2 da campanha.
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O esquema, segundo Lage, seria administrado pelo então secretário Adalcléver Lopes (PSD), que ficaria com parte dos recursos para sua própria pré-campanha a deputado estadual.
A origem dos recursos seriam as empresas de ônibus, que neste ano podem receber um subsídio de quase R$ 250 milhões pagos pela PBH e Câmara Municipal.
Tribunal Superior Eleitoral
Em fevereiro Alexandre Kalil foi condenado pela Corte eleitoral mais alta do país dinheiro de campanha. Segundo o tribunal, em 2016 o então candidato simulou uma venda de imóvel para fazer uma doação irregular para sua própria campanha pela prefeitura de BH.
O TSE determinou que Kalil precisa devolver o montante de mais de R$ 2 milhões para a União. Votaram pela condenação os ministros Sérgio Banhos, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Carlos Horbach.
Três ministros concordaram com os argumentos do ex-presidente do Galo, de que a operação foi legal: Alexandre de Moraes, Mauro Campbell Marques e Benedito Gonçalves.
Com a palavra, Alexandre Kalil
Por meio de sua assessoria, o político disse ao Uol: “Investiguem! Chegou a campanha eleitoral e corrupto é que tem medo de investigação de Ministério Público e Polícia Federal. Essa CPI [da BH Trans, onde Alberto Lage fez as alegações] foi totalmente política, armada pelo Palácio Tiradentes. É tema requentado que já foi debatido antes. Não passa de ‘novidade’ eleitoreira”.