Um avião da Latam que partiu do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Guarulhos, em São Paulo, teve que retornar ao ponto de origem após se chocar com um pássaro durante o voo.
O incidente, conhecido como bird strike, ocorreu na manhã desta quinta-feira (20/02) e, felizmente, não deixou feridos, mas causou danos à aeronave. O caso reacendeu discussões sobre os desafios enfrentados pela aviação brasileira, especialmente após uma série de incidentes recentes no Galeão.
Pânico em avião da Latam
O voo LA3367 decolou do Galeão às 10h35, mas precisou retornar ao aeroporto após a colisão com o pássaro. O pouso ocorreu em segurança às 11h04, e a Latam cancelou o voo, oferecendo reacomodação para os passageiros em outros voos da companhia previstos para o mesmo dia e o dia seguinte.
Em nota oficial, a empresa afirmou que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir a segurança dos passageiros.
Este não é o primeiro incidente no Galeão nesta semana. Poucos dias antes, um avião da Gol Linhas Aéreas, um Boeing 737 Max 8, colidiu com um carro de manutenção na pista enquanto se preparava para decolar com destino a Fortaleza.
O veículo estava parado no momento da colisão, mas o episódio levantou questões sobre a gestão de segurança no aeroporto.
CEO da Latam desabafa
Nas redes sociais, o CEO da Latam, Jerome Cadier, fez um desabafo sobre a situação com o avião, destacando os desafios enfrentados pelas companhias aéreas no Brasil. “Posso apostar que a primeira ação na Justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral pelo cancelamento deste voo, vai chegar amanhã mesmo. E assim segue a aviação brasileira. A pergunta é: quem paga a conta?”, escreveu.
O comentário de Cadier reflete a frustração de muitas empresas do setor, que lidam não apenas com questões operacionais, mas também com a pressão de possíveis ações judiciais e a insatisfação dos passageiros.
Danos de pássaros em avião
Colisões com pássaros, embora comuns na aviação, podem causar danos significativos às aeronaves e, em casos extremos, colocar vidas em risco. A Latam destacou que segue rigorosos protocolos de segurança para evitar esse tipo de incidente, mas fatores externos, como a presença de pássaros nas proximidades dos aeroportos, são de difícil controle.
Aeroportos em todo o mundo adotam medidas para reduzir o risco de bird strikes, como o uso de tecnologias para espantar aves e a gestão do ambiente ao redor das pistas. No entanto, em áreas urbanas como o Galeão, localizado próximo à Baía de Guanabara, a presença de pássaros é um desafio constante.
