De voz da Itatiaia a dono de rádio: A virada de Léo Figueiredo na Fã FM

Foto: Reprodução - Redes sociais

No rádio mineiro, poucas vozes são tão reconhecíveis quanto a de Léo Figueiredo. Durante anos, ele foi sinônimo de humor rápido e informação esportiva nos microfones da Rádio Itatiaia, integrando a lendária bancada da Turma do Bate Bola. Mas, nos últimos tempos, Léo trocou a segurança do estúdio da líder de audiência por um desafio muito maior: sentar na cadeira de dono.

Hoje, ele é a nova face e a mente por trás da Fã FM (91.7), uma emissora que briga por espaço no dial de Belo Horizonte misturando música popular e esporte. Essa transição, de funcionário a sócio-proprietário, revela um movimento ousado de empreendedorismo na comunicação.

A Era Itatiaia de Léo Figueiredo: O “Escada” Perfeito

Léo Figueiredo construiu sua reputação como o “escada” ideal — aquele comunicador versátil que brilha tanto na reportagem séria quanto na piada de boteco. Na Itatiaia, ele cobriu Copas do Mundo, dia a dia de clubes e, principalmente, cativou o público jovem e adulto com um estilo despojado.

Sua saída da emissora de Rubens Menin não foi um fim, mas um pivô. Léo percebeu que seu nome havia se tornado uma marca forte o suficiente para sustentar um projeto próprio.

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O Salto para a Fã FM (91.7)

Ao assumir a Fã FM, Léo Figueiredo fez um movimento de risco calculado. A frequência 91.7 FM (antiga Rádio Super nessa faixa) precisava de identidade. Léo entrou não apenas como locutor, mas como gestor estratégico.

O modelo de negócio da Fã aposta em dois pilares que ele domina:

  1. Música Popular: Hits que tocam no carro e no comércio (sertanejo, pagode).
  2. Esporte com Humor: A rádio transmite jogos e tem programas de debate (como o Fã de Esportes), preenchendo a lacuna deixada por outras emissoras que “gourmetizaram” demais o futebol.

De Funcionário a Empresário

A rotina mudou. Se antes a preocupação era apenas o conteúdo, hoje Léo lida com comercial, faturamento, gestão de equipe e parcerias.

O rádio não morreu, ele se transformou. E o comunicador precisa virar um ativo de negócio, é a filosofia que parece guiar sua nova fase.

A Fã FM tem crescido consistentemente nas pesquisas da Kantar IBOPE, aparecendo próxima ao Top 15 e incomodando redes tradicionais. Para o mercado, o recado é claro: Léo Figueiredo provou que existe vida inteligente (e lucrativa) fora das grandes corporações de mídia.