Futuros (im)possíveis

Já imaginou um mundo em que você conseguisse falar com qualquer pessoa presente em qualquer lugar do mundo? E conseguir experimentar o novo prato do seu restaurante favorito sem precisar sair de casa? Consegue imaginar conhecer países, lugares e culturas sem sequer sair do lugar?

Enquanto lia essa perguntas provavelmente você espontaneamente respondeu que sim, afinal, todas elas são possíveis pelos avanços tecnológicos que a sociedade experimentou nas últimas décadas, mas, se refletir um pouco vai perceber que todas essas situações eram completamente improváveis para nossos avós, tios ou pais.

A realidade é que desde os primórdios da existência humana possuímos uma ânsia por melhorias e nos movemos nessa busca transformando a natureza. Movido pela sobrevivência e qualidade de vida o homem criou o fogo, a faca, o ábaco, e todas as outras ferramentas até que chegássemos ao presente de conectividade, internet, smartphones, computadores, entre outros.

É incontestável, os impossíveis de ontem, são possíveis hoje.

As inovações tecnológicas trouxeram ao mundo um vasto arcabouço de possibilidades. Fomos transformados em toda a extensão da nossa existência. Nossas pesquisas saíram das bibliotecas e foram para os sites de busca, nossas tabuada, foi substituída pela calculadora, nossas cartas de amor, tornaram-se SMS e atualmente mensagens em plataformas digitais. E as relações amorosas? Antigamente organizadas pelos pais e influenciada pelos amigos, foi substituída pelo deslizar das telas em busca do “match” perfeito.

Quem poderia imaginar tantas mudanças? Alguém se habilita? (risos)

Se por um lado a tecnologia apresentou soluções práticas para nossa vida, por outro, ela também apresentou problemáticas, muitas, inclusive. Em que pese a internet ser uma poderosa ferramenta de comunicação entre pessoas, seu acesso ainda é restrito, existindo boa parte da população global sem adequado acesso. O mercado de trabalho também foi impactado, monitoramento constante de jornadas, cobranças contínuas por mais produtividade, além da extinção de inúmeras profissões pelas máquinas. Mazelas sociais como racismo, homofobia e machismo também ganharam força nas redes sociais através de perfis “fakes” e vimos surgir o que chamamos de “linchamento digital”.

Bom, poderia passar horas apresentando outros exemplos, contudo, por hoje, paramos por aqui. Sem surtos ou desespero, seguiremos neste espaço trazendo informações de tecnologia, sociedade e diversidade.

Parafraseando Chorão, “mas pra quem tem “tecnologias” fortes, o impossível é só questão de opinião”.

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Advogado, Especialista em Direitos Digitais, Mestrando em educação Tecnológica, Pesquisador e Consultor de Diversidade e Inclusão.