O Santos decidiu abrir o cofre para qualificar o elenco de 2026. A diretoria alvinegra formalizou uma proposta oficial para contratar o meio-campista chileno Felipe Loyola, do Independiente. O valor colocado na mesa é pesado: US$ 6 milhões (cerca de R$ 33 milhões na cotação atual) para adquirir 80% dos direitos econômicos do atleta.
Apesar da agressividade financeira, o negócio travou em um obstáculo que não é técnico, mas sim burocrático e de credibilidade. O clube argentino gostou dos números, mas exige garantias financeiras sólidas de pagamento antes de assinar qualquer documento, temendo inadimplência futura.
A Engenharia da Proposta do Santos
A oferta santista tenta equilibrar o desejo de contar com o jogador e a necessidade de parcelamento.
- O Valor: US$ 6 milhões (R$ 33 milhões).
- O Percentual: Compra de 80% do passe.
- A Redução: O Independiente pedia inicialmente US$ 7 milhões, mas o Santos conseguiu aproximar a conversa de um patamar mais viável.
Por que o Independiente exige garantias?

A postura dura dos argentinos tem explicação no histórico recente. O Santos conviveu em 2025 com riscos reais de transfer bans e disputas jurídicas por dívidas, acumulando cobranças que somaram cerca de R$ 43,7 milhões em casos específicos, além de registrar déficits operacionais ao longo do ano.
Resumo prático: no mercado sul-americano, ninguém vende parcelado para quem tem fama de mau pagador sem proteção. O Independiente quer uma garantia bancária ou um mecanismo que assegure que o dinheiro vai cair na conta, independentemente do fluxo de caixa do Peixe.
Quem é Felipe Loyola?
Loyola não é uma aposta, é realidade. Aos 25 anos, o chileno é titular absoluto do Independiente e peça frequente na seleção de seu país.
- Versatilidade: Atua como volante de intensidade, mas também cobre a lateral-direita.
- Números 2025: Fez 42 jogos e marcou 9 gols pelo clube argentino, mostrando chegada forte ao ataque.
- Seleção: Soma 16 jogos e 1 gol pelo Chile.
- Contrato: Tem vínculo até 2028 e valor de mercado estimado em € 8 milhões.
Um detalhe importante é a divisão de direitos: o Independiente detém 50% e o Huachipato (Chile) a outra metade. Para comprar 80%, o Santos precisa que os argentinos costurem o acordo com os parceiros chilenos, o que aumenta a complexidade da operação.