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Santos: “Multa impossível” de R$ 644 mi por Robinho Jr. que “assustou” Europa

O Santos agiu rápido para “blindar” mais uma de suas grandes promessas. O Espanyol, da Espanha, fez uma consulta formal nos últimos dias para entender as condições de uma possível transferência do atacante Robinho Jr., de 17 anos. A resposta do Peixe, no entanto, foi taxativa e “assustou” os europeus: o clube não tem o menor interesse em negociar o jogador agora e o protege com uma multa rescisória de € 100 milhões (aproximadamente R$ 644 milhões na cotação atual).

A Consulta Catalã e a “Muralha” do Santos

A movimentação do Espanyol, revelada pelo ge, foi um primeiro contato para “medir a temperatura” do negócio, mas não houve proposta oficial. A diretoria santista, por sua vez, sequer abriu margem para negociação, apontando para o contrato recém-renovado do atleta.

O Santos “blindou” Robinho Jr. em julho deste ano, assinando um novo vínculo válido até abril de 2027. A multa de € 100 milhões, embora simbólica (raramente um clube paga o valor cheio), serve como uma poderosa ferramenta de barganha e define o “preço de etiqueta” da joia.

Por que o Santos Não Quer Vender Agora? O “Plano 2026”

A recusa em negociar Robinho Jr. não é apenas por dinheiro; é por estratégia esportiva. O clube e a comissão técnica de Juan Pablo Vojvoda têm um plano claro para o camisa 7, que é visto como um dos principais ativos da “geração 2007/2008”.

O ano de 2026 é considerado o “Ano 1” da explosão de Robinho. O planejamento interno é:

  1. Maturação em 2025: Dar minutos controlados ao jogador na reta final do Brasileirão, sem a pressão da titularidade, para que ele se acostume ao ritmo do profissional.
  2. Protagonismo em 2026: Utilizar o Campeonato Paulista como “laboratório” para dar sequência ao atacante, transformando-o em peça fundamental na rotação do time principal ao longo da temporada.
Foto: Divulgação/Santos

Vender o jogador agora, antes mesmo que ele complete 18 anos (o que acontece em dezembro) e sem que ele tenha tido uma sequência real no time de cima, seria “vender na baixa” e desperdiçar um potencial de valorização gigantesco.

O “Preço Real” (Se o Clube Quisesse Vender) por Robinho Jr.

Embora a multa seja de € 100 milhões, o Santos sabe que o valor real de negociação é ditado pelo mercado. O histórico recente do clube com vendas de joias (como Deivid Washington ao Chelsea por € 15 milhões + bônus, e Marcos Leonardo ao Benfica por € 18 milhões) mostra a régua de preço.

Qualquer negociação por Robinho Jr. em 2026, caso ele “estoure” como o clube espera, certamente começará na faixa de € 15 a € 20 milhões, e o Santos ainda exigirá a manutenção de um percentual de revenda.

A Lição Aprendida pela Diretoria

A postura firme do Santos no “caso Robinho Jr.” mostra que o clube aprendeu com o passado. Em vez de vender suas promessas precocemente por valores baixos para cobrir buracos no caixa, a diretoria agora aposta na “gestão de ativos”.

Ao renovar o contrato, estabelecer uma multa astronômica e traçar um plano esportivo claro com Vojvoda, o Peixe controla o timing do mercado. A mensagem para o Espanyol e outros interessados é simples: o “Menino da Vila” não está em liquidação. Quem quiser o camisa 7, terá que esperar ele brilhar em 2026 e, então, pagar o “preço premium” que o Santos definir.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.