A salvação financeira e o futuro do Santos Futebol Clube podem estar sendo costurados por uma das figuras mais influentes do futebol mundial: Neymar Pai. Em uma “operação” de bastidores que esquentou nos últimos dias, o pai do maior ídolo da história recente do clube assumiu o papel de “ponte” entre o Peixe e potenciais investidores internacionais, acelerando o projeto para a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) santista.
Enquanto a diretoria, com o auxílio da XP Investimentos, estrutura o modelo de negócio, Neymar Pai atua como um “selo de qualidade”, abrindo portas e filtrando interessados para garantir que o futuro do clube esteja em boas mãos.
Dossiê da SAF Santista: O que Você Precisa Saber
Para entender a complexidade e a importância deste momento, separamos o caso em três pilares fundamentais.
1. O Protagonista: O Papel Real de Neymar Pai
Diferente do que se especula, Neymar Pai não entra como um comprador, mas como um articulador estratégico. Sua missão, abraçada publicamente, é usar sua vasta rede de contatos no mercado global para atrair investidores sérios e afastar “aventureiros”.
Ele mesmo já deu o recado: “ninguém vai rasgar dinheiro”. Sua presença na linha de frente dá credibilidade ao projeto e acelera as conversas com fundos e grupos que, de outra forma, talvez não olhassem para o clube.
2. O Obstáculo: A Muralha do Estatuto
Para que a SAF saia do papel, no entanto, o Santos precisa primeiro derrubar uma muralha interna: seu próprio estatuto. A regra atual limita a venda do futebol a apenas 49%, o que afasta grandes investidores, que buscam o controle majoritário para implementar seus projetos de gestão.
Reconhecendo isso, o Conselho Deliberativo já iniciou as discussões para flexibilizar esse teto. A aprovação dessa mudança é o passo mais crucial e indispensável. Sem ela, não há negócio. A ideia é permitir a venda de mais de 50% do futebol, mas blindando o patrimônio do clube social, como a Vila Belmiro.
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3. A Urgência: A Dívida de Quase R$ 1 Bilhão
O motor que acelera todo esse processo é a urgência financeira. O Santos fechou o último balanço com uma dívida total que se aproxima de R$ 1 bilhão. Esse cenário pressiona o clube a buscar uma capitalização robusta para sanar as contas, se tornar sustentável e, principalmente, voltar a ser competitivo no mais alto nível. A SAF não é mais uma “opção”, mas uma necessidade de sobrevivência.
A Arquitetura do Futuro
O que se desenha para o Santos é uma arquitetura de futuro promissora. A presença de Neymar Pai na articulação traz o poder de fogo que faltava para atrair o “dinheiro grande”. A movimentação do Conselho para mudar o estatuto mostra a maturidade política para viabilizar o negócio. E a contratação de uma grife como a XP para modelar a operação dá a segurança técnica.
O caminho é longo e ainda depende da aprovação dos sócios, mas todos os sinais indicam que o Santos, pela primeira vez em muito tempo, está no rumo certo para se reerguer como o gigante que sua história exige.

