A primeira grande decisão da “era Vojvoda” no Santos não será uma escalação para um jogo, mas uma “canetada” que vale milhões. O novo técnico recebeu carta branca da diretoria para definir o futuro do zagueiro Zé Ivaldo. O motivo é uma “bomba-relógio” no contrato de empréstimo do jogador: se ele atuar em mais cinco partidas, o clube será obrigado a comprá-lo do Cruzeiro por US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões).
Isso que dizer que vai ficar sob responsabilidade do novo treinador decidir se vai querer comprar o atleta e continuar com ele no elenco.
A “Bomba-Relógio” no Contrato
O contrato de empréstimo de Zé Ivaldo com o Santos prevê uma cláusula de compra obrigatória caso ele participe de 60% dos jogos do time na temporada. Com a sua recente ascensão ao time titular, o zagueiro está a apenas cinco partidas de atingir essa meta, o que acionaria o gatilho de pagamento ao Cruzeiro.
O que antes parecia um cenário distante, agora se tornou uma realidade iminente.
A Reviravolta de Zé Ivaldo: De Afastado a Titular
O dilema só existe porque o jogador deu a volta por cima. Afastado no período do técnico interino, Zé Ivaldo ganhou a confiança de Vojvoda assim que o argentino chegou. Com atuações seguras, ele virou titular e peça importante no novo esquema defensivo.

É justamente o bom desempenho do zagueiro que agora “força” o clube a tomar uma decisão estratégica: vale a pena o investimento para mantê-lo em definitivo?
O Dilema de Vojvoda
A decisão de escalar Zé Ivaldo nos próximos jogos agora tem um peso milionário.
- Se o mantiver como titular: Sinalizará para a diretoria que aprova a compra e que o considera uma peça fundamental para o projeto de 2026.
- Se o colocar no banco: Pode ser um sinal de que prefere “gerenciar” o gatilho, adiando o investimento para avaliar outras opções ou renegociar os termos.
A Força da Nova Hierarquia
O caso Zé Ivaldo é um fascinante teste para a nova estrutura de poder no Santos. Ao dar “carta branca” ao técnico em uma decisão financeira, a diretoria mostra um alinhamento total com o comandante e uma filosofia de gestão moderna, onde a necessidade técnica dita a estratégia de mercado.
O “problema” da compra obrigatória, na verdade, é uma boa notícia: nasceu do bom desempenho de um jogador que se encaixou no modelo do treinador. A tendência é que a compra seja vista como um investimento inteligente para garantir a permanência de um pilar da “era Vojvoda”.