A “era Vojvoda” no Santos começou com uma ofensiva de peso no mercado. O clube colocou na mesa do Independiente, da Argentina, uma proposta de US$ 6 milhões (cerca de R$ 32 milhões) por 70% dos direitos do lateral/meia chileno Felipe Loyola. E para destravar o negócio, a diretoria santista aposta em uma “arma secreta”: o volante Rodrigo Fernández.
A investida, um pedido direto do novo treinador, mostra a intenção do Peixe de ser agressivo para qualificar o elenco. Loyola, de 24 anos, é o alvo prioritário para dar a intensidade que Vojvoda exige em seu corredor direito.
A Engenharia da Negociação
A estratégia do Santos é complexa e inteligente. Além da proposta financeira, o clube usa o bom relacionamento com o Independiente, construído no empréstimo do volante Rodrigo Fernández ao time argentino, como uma alavanca.
Nos bastidores, a ideia é incluir Fernández no pacote final, seja abatendo valores ou facilitando sua permanência em definitivo no “Rojo”, o que encurtaria o caminho político e financeiro para um acerto por Loyola.
O Jogo Duro do Independiente
Apesar da ofensiva santista, a negociação não será simples. A imprensa argentina e chilena reporta que a primeira oferta foi considerada “insuficiente”. O Independiente considera Loyola seu principal ativo (avaliado em €9 milhões) e tem como referência uma cláusula de rescisão de US$ 10 milhões para iniciar conversas.
Análise: A Digital do Novo Comandante
A busca por Felipe Loyola é o primeiro grande movimento com a digital de Juan Pablo Vojvoda. A escolha por um jogador polivalente, de alta intensidade e com experiência em seleção, reflete exatamente o perfil que o técnico gosta.
A engenharia da negociação, usando outro atleta como moeda de troca, mostra uma diretoria criativa e disposta a encontrar soluções para viabilizar os pedidos do novo comandante. Para a torcida, é o primeiro sinal claro de que o Santos, sob nova direção, voltou a ser um protagonista agressivo e inteligente no mercado sul-americano.