Negócio fechado, e com a assinatura da inteligência santista. O Santos acertou a venda de sua joia da base, o atacante Luca Meirelles, de 18 anos, para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. A operação foi selada em €12 milhões (cerca de R$ 76 milhões), mas só depois que a diretoria do Peixe fez um “último pedido” que foi prontamente aceito: manter um percentual de uma futura revenda do atleta.
O jogador, inclusive, já se despediu do clube nas redes sociais e viajou para a Ucrânia, onde passará por exames médicos e assinará um contrato de cinco anos, até 2030.
O “Último Pedido” que Vale Ouro
A condição imposta pelo Santos foi o pulo do gato na negociação. O clube exigiu e garantiu a permanência de cerca de 15% dos direitos econômicos do jogador.
Na prática, isso significa que, se Luca Meirelles “estourar” na Europa e for vendido pelo Shakhtar por um valor muito maior no futuro, o Peixe ainda receberá uma nova e significativa bolada. É uma prática que protege o clube formador e que virou padrão na gestão de Marcelo Teixeira.
Uma Despedida Emocionada
Em suas redes sociais, Luca publicou uma mensagem de despedida, agradecendo ao clube “que o formou como atleta e como homem”, reforçando o clima de fim de um ciclo vitorioso na base e o início de um novo desafio na Europa.
Análise: A Venda Perfeita
A operação de venda de Luca Meirelles pode ser considerada um “manual” de como negociar uma joia da base. O Santos equilibrou perfeitamente o presente e o futuro.
Garantiu uma injeção de caixa imediata de R$ 76 milhões, crucial para a saúde financeira do clube, mas sem fechar a porta para lucros futuros com o percentual de revenda.
Para o jogador, a ida para o Shakhtar — um clube conhecido por ser uma excelente vitrine para brasileiros — é o passo ideal na carreira. No fim das contas, a conta fecha para todos: o Peixe lucra agora e potencialmente depois, e o futebol europeu recebe mais um Menino da Vila com potencial para brilhar.