O Palmeiras agiu rápido para resolver uma pendência e agora corre contra o tempo para preencher uma lacuna vital no elenco. Após confirmar a venda de Aníbal Moreno ao River Plate por US$ 7 milhões (cerca de R$ 38,7 milhões), a diretoria alviverde iniciou a busca por um novo “camisa 5” titular. E um nome de peso ganhou tração nos bastidores neste fim de semana: André, ex-Fluminense e atualmente no Wolverhampton, da Inglaterra.
A informação de que existem conversas ou sondagens envolvendo o volante da Premier League foi divulgada inicialmente pelo jornalista Diego Firmino. A movimentação indica que o Verdão não busca apenas uma reposição para compor grupo, mas sim um nome capaz de elevar o patamar competitivo do meio-campo para 2026.
A Saída de Aníbal do Palmeiras: Recuperação de Investimento
A venda de Aníbal Moreno seguiu uma lógica financeira estrita. O River Plate, inicialmente, tentou um empréstimo, mas o Palmeiras bateu o pé. A diretoria só aceitou liberar o argentino mediante o pagamento integral de US$ 7 milhões por 100% dos direitos econômicos — valor equivalente ao que o clube investiu para tirá-lo do Racing.

Com o negócio fechado no sábado à noite e o anúncio feito pelo clube argentino no domingo, o Palmeiras resolveu a questão do caixa, mas criou um problema esportivo: perdeu seu principal marcador de ofício. Embora a ESPN aponte que o clube aposta no crescimento de Emiliano Martínez como “reforço caseiro”, a contratação de um titular é vista como prioridade.
O Sonho André: Perfil de Elite e Obstáculo Inglês
André encaixa como uma luva no perfil que Abel Ferreira valoriza: intenso na recuperação, forte nos duelos físicos e com leitura de jogo para proteger a zaga. O próprio Wolverhampton o descreve como um “volante físico que gosta do combate”. Além disso, pesa o currículo de campeão da Libertadores (2023) pelo Fluminense, o que lhe dá a “casca” necessária para assumir a pressão no Allianz Parque.
O problema, claro, é o preço. Tirar um jogador da Premier League é uma missão complexa:

- Contrato: André tem vínculo até junho de 2029.
- Valor de Mercado: O Transfermarkt avalia o brasileiro em € 28 milhões.
- Custo Original: O Wolves pagou mais de € 22 milhões para comprá-lo do Fluminense.
Para o Palmeiras, a operação só se torna viável se houver uma brecha para modelos criativos (como empréstimo com obrigação de compra ou parcelamento longo), já que uma compra à vista nesses valores foge da realidade do futebol brasileiro.
Análise Moon BH: Upgrade ou Ilusão?
A venda de Aníbal por US$ 7 milhões foi uma decisão de gestão: o clube recuperou o dinheiro de um ativo que oscilou. Agora, o desafio é esportivo. O Palmeiras não pode entrar em 2026 sem um primeiro volante confiável para jogos grandes.
André seria uma reposição com selo de elite — um upgrade técnico e físico. No entanto, é preciso realismo. Se o Verdão quiser mesmo substituir com esse nível de qualidade, terá de vencer o jogo onde a Premier League costuma ser imbatível: o do poderio financeiro. A oportunidade de trazer André depende menos da vontade do Palmeiras e mais do tamanho da crise que se instalará no Wolverhampton. Se a porta abrir, Leila Pereira terá que ser agressiva; se não, o plano B (como Gregore) precisará ser acionado rápido.