O Palmeiras entra na janela de planejamento para 2026 com dois trunfos valiosos no elenco, prontos para agitar o mercado internacional. A dupla formada pelo meia Maurício (24 anos) e pela joia da base Allan (21 anos) soma, segundo a plataforma especializada Transfermarkt, um valor de mercado de € 22 milhões.
Considerando a cotação, essa cifra atinge a marca de R$ 141,9 milhões. Esse montante posiciona os dois jogadores sub-25 como os principais candidatos a “vendas grandes” no próximo ciclo, embora as estratégias da diretoria alviverde para cada um sejam bem distintas.
O “Caso Allan” no Palmeiras: A Joia que vale o quádruplo
Para o Palmeiras, os € 10 milhões (R$ 64,5 milhões) apontados pelo Transfermarkt para Allan são apenas um valor de referência conservador. Nos bastidores, a realidade é muito mais agressiva. Segundo a ESPN, o recado interno na Academia de Futebol é de não negociar a cria da base por menos de € 45 milhões (quase R$ 290 milhões).
O clube trata Allan como uma venda de “prateleira europeia”. O meia, que acumulou 56 jogos, 3 gols e 8 assistências em 2025, já teve propostas recusadas — incluindo uma oferta do Zenit na casa dos R$ 125 milhões. Com contrato renovado até o fim de 2029 e interesse de times da Premier League, como o Newcastle, o Palmeiras ignora o valor de tabela e aposta que o jogador será a próxima transferência recorde do futebol brasileiro.
Maurício: A Busca pelo Lucro Real
A situação de Maurício envolve uma matemática diferente. O meia não é “lucro puro” como um atleta formado em casa; ele foi um investimento pesado. O Palmeiras pagou cerca de € 10,5 milhões por 80% dos seus direitos econômicos. Hoje, avaliado em € 12 milhões (R$ 77,4 milhões) pelo Transfermarkt, ele já mostra valorização, mas a margem de lucro exige paciência.
Para que a venda de Maurício seja considerada um sucesso financeiro, o valor final precisa superar consideravelmente o patamar atual. Como o clube detém 80% do passe, uma venda pelo valor de mercado atual (€ 12 mi) deixaria nos cofres cerca de € 9,6 milhões — ou seja, tecnicamente abaixo do que foi pago.
Por isso, o contrato longo até dezembro de 2028 é o trunfo: o Palmeiras não tem pressa e espera que o desempenho em campo, somado à idade olímpica, infle o preço para garantir o retorno do investimento.
Análise Moon BH: Potencial de Caixa Transformador
Se 2026 virar um ano de necessidade de caixa, o Palmeiras está muito bem servido. A leitura para o torcedor é clara: o clube tem dois ativos prontos para virar manchete, mas com perfis opostos.
Allan é o nome com potencial de venda transformadora. O Palmeiras está “comprando a briga” para precificá-lo muito acima do mercado, apostando que a Europa pagará o preço de craque geracional. Já Maurício é o ativo de gestão: um jogador consolidado que precisa subir mais um degrau de valorização para justificar o alto investimento feito. Somados, eles valem, “por baixo”, R$ 141 milhões — mas se a estratégia de Leila Pereira funcionar, apenas Allan pode render o dobro disso sozinho.
