O mercado da bola do Palmeiras ganhou novos contornos decisivos nas últimas horas envolvendo um dos maiores ídolos da era Abel Ferreira. O Grêmio, buscando um nome de impacto para iniciar a gestão de 2026, fez uma investida para tirar Raphael Veiga do Allianz Parque. No entanto, a conversa esfriou rapidamente diante do “jogo duro” da diretoria alviverde.
O Verdão sinalizou que não pretende facilitar a saída do meia para um rival direto e fixou uma pedida na casa dos € 12 milhões (cerca de R$ 76 milhões), valor considerado proibitivo pelos gaúchos.
Com a porta do mercado interno praticamente fechada pela alta exigência financeira e a ausência de propostas concretas da Europa — natural para um jogador de 30 anos —, uma nova rota ganhou força: os Estados Unidos. A Major League Soccer (MLS) surge agora como o destino mais plausível para Veiga, combinando capacidade de investimento e um projeto de vida atraente para o atleta.
Grêmio recua e LAFC entra na jogada
A nova diretoria do Grêmio mirou Veiga acreditando que o meia poderia buscar novos ares, mas esbarrou na rigidez de Leila Pereira. O Palmeiras entende que, apesar das oscilações, o camisa 23 ainda é peça-chave e tem contrato longo, o que dá total controle da situação ao clube paulista.

É nesse vácuo que o Los Angeles FC (LAFC) aparece. Segundo apurações do Território MLS, o clube norte-americano já sondou o estafe do jogador e o Palmeiras. Internamente, fala-se que o Verdão poderia flexibilizar a negociação para o exterior por algo em torno de US$ 10 milhões (quase R$ 60 milhões).
Diferente da Europa, que dificilmente investiria pesado em um atleta dessa idade, a MLS tem o perfil de buscar estrelas sul-americanas consolidadas para elevar o nível da liga.
Análise Moon BH: O Preço da Idolatria
O “termômetro” de Raphael Veiga é financeiro. O Palmeiras sabe que vender para o Grêmio seria reforçar um concorrente direto, por isso joga o preço lá no alto (€ 12 milhões). É uma forma educada de dizer “não”.
Por outro lado, a via da MLS faz sentido para todas as partes. O Palmeiras conseguiria uma venda relevante por um jogador de 30 anos, recuperando investimento e abrindo espaço na folha; Veiga teria um contrato vantajoso em uma liga em expansão; e o clube não precisaria vê-lo com a camisa de outro brasileiro. Se a proposta dos EUA chegar no papel com os dígitos que o Palmeiras quer, o ciclo vitorioso do meia pode estar, de fato, perto do fim.