O Cruzeiro ligou o sinal de alerta máximo nos bastidores após a eliminação na Copa do Brasil. Em meio à frustração da torcida, uma declaração de Pedro Junio, vice-presidente de futebol e filho de Pedro Lourenço (dono da SAF), colocou o futuro do craque do time em dúvida. O dirigente admitiu publicamente que o contrato do camisa 10, Matheus Pereira, termina no meio de 2026 e, embora tenha dito que as conversas estão adiantadas, evitou cravar a renovação, limitando-se a dizer que “espera que ele fique”. Isso animou o Palmeiras.
O Verdão, sempre atento a oportunidades de mercado, monitora a situação contratual do meia. Se o Cruzeiro não fechar a renovação até o fim de dezembro, Matheus Pereira poderá assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe a partir de janeiro, saindo de graça (sem taxa de transferência) ao fim do vínculo. O risco de perder seu principal ativo técnico e financeiro a custo zero transformou a renovação em uma corrida contra o tempo na Toca da Raposa.
A fala de Pedro Junio no Cruzeiro e o desejo do Palmeiras
Na zona mista após o jogo contra o Corinthians, Pedro Junio tentou passar tranquilidade, mas a ausência de um “sim” definitivo gerou ruído. “O contrato do Matheus Pereira se encerra no meio do ano… temos negociações muito avançadas e esperamos que fique”, disse o dirigente.
O Cruzeiro colocou na mesa uma extensão até o fim de 2028, possivelmente com gatilhos para 2029. O trunfo da Raposa é a identificação do jogador com o clube e uma declaração dada por ele no início de 2025, à ESPN, afirmando que não trocaria o Cruzeiro por outro time brasileiro.
No entanto, no futebol, a ausência de assinatura em papel timbrado é sempre um convite para rivais com dinheiro em caixa, como o Palmeiras, tentarem a “oportunidade da década”.

Agora Leila Pereira e Abel Ferreira têm certeza de que não há um anúncio de renovação prestes a ser feito. Isso gera expectativa no Palmeiras por que a partir do dia primeiro de janeiro ele já pode assinar um pré-contrato de graça com outro time.
Análise Moon BH: O Detalhe que Define Títulos
A declaração de Pedro Junio é típica de quem está negociando, mas sabe que o relógio joga contra. Para o Cruzeiro, o objetivo é simples e urgente: renovar antes da virada do ano para matar o risco jurídico. Se janeiro chegar sem a assinatura, o clube perde o controle da situação.
Para o Palmeiras, o cenário é perfeito. O clube paulista adora esse tipo de operação: contratar um meia de elite, pagando apenas luvas e salários, sem precisar desembolsar R$ 76 milhões em direitos econômicos. Se a renovação travar por detalhes, o Verdão estará pronto para dar o bote. Em janelas de transferência, esses “detalhes contratuais” valem tanto quanto um título.