O Palmeiras pode estar prestes a quebrar seu próprio recorde de vendas. O atacante Vitor Roque, contratação mais cara da história do futebol brasileiro, virou alvo prioritário da Premier League, e uma proposta de € 50 milhões (cerca de R$ 320 milhões) está sendo preparada para a janela de 2026.
Apesar do valor astronômico, o Verdão não ficará com todo o montante. Uma engenharia financeira complexa, envolvendo o Barcelona e o investimento inicial, define o lucro real da operação.
A Matemática da Venda: Quanto Entra no Caixa do Palmeiras?
Para entender o lucro, é preciso descontar os sócios. O Barcelona manteve 20% dos direitos de uma futura venda.
- Valor da Venda (Projeção): € 50 milhões (R$ 320 milhões).
- Fatia do Barcelona: € 10 milhões (R$ 64 milhões).
- Solidariedade FIFA: 5% do valor total (R$ 16 milhões).
- Parte do Palmeiras (80% líquido): Cerca de € 37,5 milhões (R$ 240 milhões).
Como o Palmeiras pagou cerca de R$ 155 milhões (€ 25,5 mi) para contratá-lo, o lucro líquido da operação, em menos de dois anos, seria de aproximadamente R$ 85 a R$ 90 milhões.
Se houver leilão entre ingleses e outro europeu (por exemplo, um time da Série A italiana ou da própria La Liga, cenário citado em rumores), não é absurdo imaginar a negociação subindo para € 55–60 milhões – ainda que nada disso esteja concretizado hoje, é projeção baseada em padrão recente de mercado para atacantes de 20 anos que já foram à seleção.
Quem Quer Pagar? A Fila da Premier League
O interesse inglês é real em Vitor Roque. Segundo a imprensa europeia, o Manchester United lidera a corrida, vendo em Roque o atacante ideal para o futuro. O Chelsea e o Tottenham também monitoram. O empresário André Cury já revelou que recusou uma oferta de € 35 milhões do Oriente Médio, sinalizando que o objetivo é a elite europeia.
Análise: Vender ou Segurar Vitor Roque?
A decisão está nas mãos de Leila Pereira. Vender agora significa realizar um lucro histórico e ter caixa para repor o elenco (com nomes como Taty Castellanos ou Jhon Arias). Segurar significa apostar no título da Libertadores e do Mundial, correndo o risco de lesão ou desvalorização.
O Palmeiras se consolidou como uma “trading” de luxo: compra caro, usa e vende mais caro ainda. Se a oferta de R$ 320 milhões chegar, será difícil dizer não ao maior negócio da história do clube.
O dilema é clássico: segurar o camisa 9 para tentar um ciclo mais longo de títulos ou aceitar a maior venda da história do clube e reinvestir em outros três ou quatro jogadores.
Pelo histórico recente e pelo tamanho do dinheiro envolvido, o relógio já está contando para Roque voltar à Europa – e 2026 tem tudo para ser o ano em que essa bomba estoura, principalmente se a Premier League realmente colocar na mesa o valor “astronômico” de que seu empresário fala há semanas.
