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Palmeiras vê salário de R$ 5 milhões para Róger Guedes e decide sobre 2026

O Palmeiras decidiu que não vai investir em Róger Guedes para a janela de 2026. Mesmo com o atacante confirmando que mantém contato com o clube e com a torcida pedindo seu retorno, a diretoria de Leila Pereira e Abel Ferreira “pisou no freio”. A decisão, no entanto, não é sobre a qualidade do jogador, mas sim sobre o alto custo do atleta e a necessidade de priorizar setores mais carentes do elenco.

O recado é claro: há histórico de contato e admiração, mas não há clima interno para abrir os cofres por Guedes neste momento.

O “Não” Estratégico do Palmeiras: O Salário de R$ 5 Milhões/Mês

O contexto financeiro é o principal motivo para o Palmeiras recuar. Róger Guedes recebe no Al-Rayyan (Catar) um salário estimado em R$ 4,5 milhões a R$ 5 milhões por mês, um patamar que é totalmente fora da curva no Brasil.

Para o Palmeiras, isso significaria:

  1. Taxa de Transferência Pesada: O clube teria que pagar uma taxa de cerca de R$ 55 a 65 milhões para o Al-Rayyan.
  2. Rompimento da Folha: O Verdão teria que assumir o salário mais alto do país, desorganizando a estrutura de vencimentos do elenco.

A diretoria entende que esse tipo de operação só é justificada se houver uma crise urgente no ataque – e, para 2026, a situação é justamente a inversa.

Por que o Ataque Não É Prioridade?

O Palmeiras já considera seu ataque bem servido. O clube trata o retorno de Paulinho (recuperado de cirurgia) como um “reforço de luxo” e tem Vitor Roque (artilheiro, blindado) e Flaco López consolidados.

(Cesar Greco/Palmeiras/Divulgação)

A chegada de Róger Guedes criaria um excesso de opções com salário altíssimo, forçando Abel Ferreira a administrar um vestiário com estrelas de R$ 5 milhões no banco – algo que a gestão de Abel valoriza evitar.

Onde o Palmeiras Vai Gastar o Dinheiro?

A recusa a Róger Guedes direciona o orçamento de mais de R$ 100 milhões liberado para 2026 para os setores que realmente precisam de investimento. A prioridade de Abel Ferreira é fortalecer a “espinha dorsal” do time:

  1. Zaga: Pelo menos um zagueiro de alto nível.
  2. Volante (Camisa 5): Um jogador de contenção para repor a saída de peças do setor.
  3. Meio-Campo (Camisa 8 e 10): Um meia com chegada à área e outro que organize o jogo entrelinhas.

Análise: A Vitória da Gestão de Risco

A decisão de dizer “não” a Róger Guedes em 2026 é um atestado de maturidade da gestão de Leila Pereira. O Palmeiras optou pelo pragmatismo e pela saúde da folha salarial. O clube não vai comprar um “reforço de luxo onde não há urgência” e, em vez disso, focará os recursos onde há crise (meio-campo e zaga). A escolha é um acerto: evita o risco de desorganizar o vestiário e prioriza a base tática do time que busca mais títulos.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.