O Palmeiras mirou alto, mas recebeu um “não” em dose dupla. Depois de sondar a situação de Casemiro, a diretoria alviverde ouviu um recado claro: o volante do Manchester United prioriza a Europa e, se voltar ao Brasil, a preferência é pelo São Paulo, clube que o revelou. A revelação frustra o sonho da torcida palmeirense e expõe a barreira financeira que torna o negócio quase inviável.
A movimentação da diretoria de Leila Pereira mostra a ambição do clube em buscar astros no mercado, mas a resposta de Casemiro coloca a realidade na mesa: a negociação é travada por dinheiro e por coração.
O “Muro” Financeiro no Palmeiras: R$ 120 Milhões por Ano
O principal obstáculo é o custo. Casemiro é o jogador mais bem pago do elenco do Manchester United. Seu salário bruto anual é estimado em £ 18,2 milhões, o que na conversão atual ultrapassa os R$ 120 milhões por ano (cerca de R$ 10 milhões por mês).
Mesmo que o Palmeiras seja o clube mais estruturado do Brasil, bancar um salário desse porte é impossível. Para jogar no Verdão, o volante teria que aceitar um corte de 70% a 80% em seus vencimentos, caindo para o teto salarial do clube (cerca de R$ 2,2 milhões/mês).
O Recado Afetivo: São Paulo na Frente
O obstáculo não é apenas financeiro; é emocional. Casemiro tem contrato com o United até junho de 2026, e a partir de janeiro poderá assinar um pré-contrato de graça com qualquer clube.
Embora o Palmeiras tenha a estrutura e o ambiente vencedor, o volante nunca escondeu sua ligação com o São Paulo. O recado passado ao estafe alviverde é o mesmo que o jogador já deu publicamente: se voltar ao país, será para o Morumbi, o que cria uma barreira emocional que a diretoria palmeirense não pode comprar.
Análise: Um Sonho Caro e Distante chamado Casemiro
A sondagem do Palmeiras por Casemiro é um atestado da ambição da gestão de Leila Pereira, que se sente no direito de disputar qualquer jogador no mercado.
No entanto, o cenário atual torna o negócio um sonho caro e distante. Casemiro prioriza a continuidade na Europa. Se o plano de aposentadoria incluir o Brasil, a preferência é clara pelo São Paulo. Para o Palmeiras, a lição é simples: o dinheiro não compra o coração e não resolve a matemática de um salário astronômico. O foco do clube deve voltar a ser em alvos mais realistas para o meio-campo de Abel Ferreira em 2026.