O nome de Facundo Torres, atacante uruguaio do Palmeiras, ganhou as manchetes da imprensa argentina nos últimos dias. Rumores fortes indicavam que o Boca Juniors teria colocado o camisa 17 no topo de sua lista de desejos para 2026. No entanto, a resposta vinda da Academia de Futebol e do estafe do jogador foi “seca” e direta: não houve telefonema, não houve sondagem e não há negociação.
O Verdão, respaldado por um contrato longo e uma multa rescisória “anti-assédio”, trata o jogador como peça fundamental para o planejamento de Abel Ferreira e não tem a menor intenção de reforçar um rival continental.
A “Muralha” Financeira: Multa de R$ 490 Milhões
O interesse do Boca pode até existir, mas esbarra em uma realidade financeira brutal. O Palmeiras fez um investimento recorde para tirar Facundo Torres da MLS no fim de 2024, pagando cerca de US$ 14 milhões (aproximadamente R$ 74 milhões na cotação da época).
Para proteger esse ativo, o contrato assinado até dezembro de 2029 possui uma multa rescisória estipulada em € 80 milhões (cerca de R$ 490 milhões). Esse valor é proibitivo para qualquer clube da América do Sul e serve como um recado claro: Facundo Torres só sai do Allianz Parque se o Palmeiras quiser vender, e pelo preço que o Palmeiras estipular.
O Que Dizem os Bastidores do Palmeiras?
A apuração do portal Bolavip Brasil reforça a tranquilidade do lado alviverde. Pessoas ligadas ao jogador garantem que ele está “feliz no Palmeiras” e focado na reta final da temporada, ignorando o barulho vindo da Argentina.
A interação do pai do atleta nas redes sociais com postagens sobre o Boca foi tratada como um fato isolado, sem reflexo em negociações reais. Nos bastidores, a diretoria entende que o Boca Juniors, em processo de reformulação, busca nomes de impacto, mas não tem “bala na agulha” para tirar um titular de um clube financeiramente saudável como o Verdão.
Peça-Chave para 2026 com Facundo Torres

Esportivamente, a saída de Facundo Torres não faz sentido para o planejamento de Abel Ferreira. Com 56 jogos, 8 gols e 6 assistências, o uruguaio é visto como um jogador adaptado, taticamente disciplinado e com margem de crescimento.
Com o Super Mundial de Clubes no horizonte em 2025/26 e a possibilidade de perder outras peças do ataque (como Estêvão, já negociado), manter Torres é uma prioridade estratégica. Ele oferece profundidade, finalização de média distância e a intensidade sem bola que a comissão técnica exige.
Análise: O Palmeiras Dita as Regras
A “novela” Facundo Torres no Boca parece ter terminado antes mesmo de começar. O episódio serve para ilustrar o abismo financeiro atual entre os gigantes brasileiros e os argentinos. O Palmeiras hoje tem capacidade de comprar jogadores por valores que o Boca sonha em pagar, e blinda seus atletas com multas europeias.
O interesse Xeneize é um atestado da qualidade do jogador, mas a realidade é que Facundo Torres segue vestindo verde. Para tirá-lo de São Paulo, seria necessário muito mais do que tradição e camisa; seria necessário um caminhão de dinheiro que o futebol argentino, hoje, não possui.