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Palmeiras: O “NÃO” a R$ 125 milhões por jogador, que chocou o mercado

A diretoria do Palmeiras “bateu o pé” e mostrou sua força no mercado internacional. Segundo apuração da ESPN, o clube recusou uma proposta de € 20 milhões (um pacote de € 15 milhões fixos + € 5 milhões em bônus, totalizando cerca de R$ 125 milhões) do Zenit (Rússia) pelo meia Allan. A recusa, ocorrida na última janela, definiu a nova “régua” de preço do jogador e atraiu olhares ainda mais ricos: os da Premier League.

O diário espanhol AS chamou o camisa 40 de “diamante” e cravou que clubes como West Ham, Fulham e Everton estão monitorando de perto o jogador para uma investida em 2026.

O “Não” que Virou Referência de Preço

A recusa de R$ 125 milhões não foi um blefe. Foi uma declaração de valor. O Palmeiras não tem o menor interesse em “liquidar” um ativo que considera estratégico. A diretoria de Leila Pereira entende que o valor de mercado de Allan (€ 12 milhões no Transfermarkt) está defasado e que seu potencial é muito maior.

Fontes de bastidores da ESPN indicam que o “plano de valorização” interno do Palmeiras mira um teto de € 30 milhões (R$ 188 milhões) para o meia. Portanto, a proposta do Zenit não foi considerada “irrecusável”, mas apenas o “piso” da conversa.

A “Blindagem Total”: O Contrato Até 2029

O Palmeiras joga essa partida em uma posição de extremo conforto. A diretoria agiu rápido para proteger seu ativo e renovou o contrato de Allan em junho deste ano.

  • Contrato: Válido até 31 de dezembro de 2029.
  • Multa: O AS reporta uma cláusula de rescisão próxima de € 100 milhões (R$ 625 milhões).

Com um vínculo de mais quatro anos e uma multa astronômica, o clube não tem nenhuma pressa. A multa serve como um “escudo” para forçar qualquer interessado (West Ham, Fulham ou outros) a sentar à mesa de negociação em desvantagem, tendo que aceitar os termos impostos por Leila Pereira.

A Conta do Lucro: Quanto Entraria no Caixa do Palmeiras?

Se o Palmeiras atingir sua meta e vender Allan por € 30 milhões (R$ 188 milhões), o lucro seria gigantesco. Considerando os descontos (5% de Solidariedade FIFA) e uma provável fatia de 70% do passe pertencente ao clube (padrão de joias da base), o caixa líquido do Verdão seria de aproximadamente € 20 milhões (cerca de R$ 125 milhões).

Análise: A Estratégia de Vender Caro (e Certo)

A recusa de R$ 125 milhões pelo Zenit foi a jogada de mestre da diretoria. O Palmeiras não só manteve um jogador técnico, versátil e aprovado por Abel Ferreira, como “carimbou” seu preço para o mercado mais rico do mundo.

O recado para a Premier League é claro: o Palmeiras não vende mais “potencial”, vende “realidade” a preço “premium”. A janela de janeiro de 2026 (que abre na Inglaterra no dia 1º) será o primeiro teste. Se West Ham ou Fulham quiserem o “diamante” de 21 anos, terão que apresentar uma proposta superior à que os russos já levaram “não”. A régua agora é de € 25 milhões para cima, e o Palmeiras assiste ao leilão com a tranquilidade de quem tem o contrato e o tempo a seu favor.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.