Acabou o mistério que tirava o sono da torcida do Palmeiras. O atacante Paulinho está fora da final da Copa Libertadores, no dia 29 de novembro, contra o Flamengo.
Apesar de uma onda de rumores nas últimas 48 horas de que o camisa 10 poderia ser uma “arma secreta” no banco de reservas em Lima, a comissão técnica e o departamento médico bateram o martelo: a decisão será pela cautela máxima, e o retorno do jogador fica oficialmente para 2026.
Por que o Palmeiras Decidiu “Segurar” Paulinho?
A decisão de não levar o jogador mais caro da história do clube (uma operação de R$ 162 milhões) para o jogo mais importante do ano é puramente médica e estratégica. O Palmeiras optou por seguir o planejamento original, traçado logo após a cirurgia do atleta, em vez de ceder à ansiedade por uma volta milagrosa.
O contexto é chave:
- A Gravidade da Cirurgia: Paulinho passou por um procedimento complexo em julho para fixação da tíbia da perna direita, incluindo um enxerto ósseo. O prazo padrão de recuperação para uma lesão dessa magnitude, visando o alto rendimento, sempre foi o início de 2026.
- O Risco da Recidiva: Acelerar o retorno para uma final de Libertadores, um jogo de intensidade física extrema, representaria um risco gigantesco de uma nova fratura ou complicação. Perder Paulinho por mais seis meses em 2026, por apressar sua volta por 30 minutos em 2025, foi considerado um custo esportivo e financeiro inaceitável.
- A Posição do Clube: Embora tenha havido otimismo pela boa evolução do jogador (o que alimentou os rumores de “banco surpresa”), a linha oficial do clube, conforme apurado pelo ge e pela ESPN, sempre foi tratar Paulinho como “reforço para 2026”. O Palmeiras optou por confiar no método e na ciência, e não no “abafa” de uma decisão.
A Grande Final: O Palco e o Desafio
A decisão histórica entre os dois maiores campeões brasileiros da Libertadores está mantida:
- Partida: Palmeiras x Flamengo
- Data: 29 de novembro (Sábado)
- Horário: 18h (de Brasília) | 16h (Horário local)
- Local: Estádio Monumental de Lima (Peru)
Sem o Camisa 10, Qual o “Plano B” de Abel?

A ausência de Paulinho, que oferece o drible em espaço curto e a finalização de média distância, força Abel Ferreira a apostar na força do coletivo que levou o time até a final. O técnico tem um leque de opções táticas para redesenhar o ataque ao lado de Vitor Roque:
- Felipe Anderson “Por Dentro”: Utilizar o camisa 18 como um “meia-atacante” flutuando da direita para o centro, aproximando-se de Raphael Veiga para criar o último passe e explorar as infiltrações.
- Força nas Pontas (Torres ou Sosa): Manter a estrutura com Facundo Torres ou Ramón Sosa abertos, dando amplitude, velocidade nas transições e alimentando Vitor Roque com cruzamentos.
- Ataque à Área com Rony: Usar Rony (ou Flaco López) para fazer uma dupla de ataque, fixando os zagueiros do Flamengo e aumentando a presença na área.
Análise: A Vitória da Cautela sobre a Ansiedade
A decisão do Palmeiras é um atestado de maturidade e gestão de risco. Em uma final única, que vale um prêmio de R$ 136 milhões, a tentação de “forçar” a volta de um craque é gigantesca. No entanto, Abel Ferreira e sua comissão confiam no elenco que têm em mãos e preferem não arriscar seu maior investimento.
A mensagem é clara: o Palmeiras confia que pode ser tetracampeão da América com as peças que estão 100% disponíveis. Sem Paulinho, o time perde em genialidade individual, mas ganha em coerência de planejamento. A ausência do camisa 10 será sentida, mas a força do “time de Abel” reside no coletivo pragmático, e é com essa força que o Verdão irá a Lima buscar a “Glória Eterna”.