A mulher mais poderosa do futebol brasileiro é também uma das mais ricas do país. Um novo levantamento da revista Forbes Brasil, divulgado nesta semana, estima que a fortuna de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e de seu marido e sócio, José Roberto Lamacchia, atingiu a impressionante marca de R$ 8,8 bilhões em 2025.
O número não apenas a consolida no panteão dos maiores bilionários do Brasil, mas também ajuda a explicar a engrenagem de poder e estabilidade financeira que sustenta a era mais vitoriosa da história do clube.
O Império Crefisa/FAM: De Onde Vem o Dinheiro?
A fortuna do casal foi construída muito antes de sua chegada ao Palmeiras. O núcleo do império são duas empresas de enorme sucesso:
- Crefisa: Uma das maiores financeiras do país, especializada em crédito pessoal.
- FAM (Faculdade das Américas): Um centro universitário com forte presença em São Paulo.
São essas duas empresas que, desde 2015, estampam a camisa do Palmeiras como patrocinadoras master, no acordo mais longevo e um dos mais valiosos do futebol brasileiro.
A Relação com o Palmeiras: Mecenato com Governança
É crucial entender a relação: o patrimônio de Leila Pereira não se mistura com o caixa do Palmeiras. O clube não é uma SAF e não pertence a ela. No entanto, sua dupla função como presidente e principal patrocinadora/parceira cria um ecossistema único de estabilidade.
O patrocínio robusto e constante da Crefisa/FAM dá ao clube uma previsibilidade de receita que poucos têm. É essa segurança financeira que permite à diretoria de futebol, liderada por Anderson Barros, fazer grandes investimentos, como os mais de R$ 700 milhões gastos em reforços em 2025, e, principalmente, ter a força para recusar propostas e manter suas principais estrelas, como Abel Ferreira.
Leila Pereira tem dinheiro para comprar SAF do Palmeiras
A cifra de R$ 8,8 bilhões é mais do que uma curiosidade; ela é a base de um modelo de gestão que se provou vitorioso. O Palmeiras de Leila Pereira inaugurou um novo tipo de “mecenato responsável”: um patrocínio fortíssimo, mas que vem acompanhado de uma cobrança por governança, superávits financeiros e, claro, resultados em campo.
Com este valor em fortuna, a empresária poderia comprar a SAF do Palmeiras sozinha, caso desejasse. Hoje o clube é avaliado em cerca de R$ 4 bilhões e é o segundo mais valioso do país.
O sucesso das empresas de Leila financia um Palmeiras forte, e um Palmeiras forte e vitorioso dá uma exposição gigantesca para as marcas da Crefisa e da FAM. É um círculo virtuoso que se retroalimenta e que se tornou a grande explicação para a hegemonia alviverde na última década.